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Apple M5: 5 detalhes técnicos que você precisa saber sobre o novo chip
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Apple M5: 5 detalhes técnicos que você precisa saber sobre o novo chip

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 11:40

3 min de leitura

A Apple expandiu seu ecossistema de silício proprietário com o lançamento do M5, chip que agora equipa o novo MacBook Pro de 14 polegadas, o iPad Pro renovado e a segunda geração do Apple Vision Pro. É a primeira vez que a empresa implementa a mesma arquitetura em três categorias de produtos simultaneamente, sinalizando uma estratégia de unificação tecnológica que facilita o desenvolvimento de apps e otimiza a experiência entre dispositivos.

O M5 representa a consolidação do processo de 3 nanômetros da TSMC, com melhorias incrementais que priorizam eficiência energética e capacidades de inteligência artificial. Mas o que realmente diferencia este chip? Mergulhamos nos aspectos técnicos mais relevantes para profissionais e entusiastas.

  1. Arquitetura híbrida refinada com 10 núcleos de CPU

O M5 mantém a configuração de 10 núcleos de processamento, divididos em 4 núcleos de performance (P-cores) baseados na microarquitetura de última geração da Apple e 6 núcleos de eficiência (E-cores) otimizados para tarefas em segundo plano.

A grande mudança está na latência de comunicação entre clusters. Os P-cores agora compartilham um cache L2 de 16 MB — o dobro do M4 — permitindo troca de dados mais rápida em cargas multi-thread. Os E-cores receberam otimizações no escalonador de instruções, melhorando até 12% a eficiência em tarefas como indexação do Spotlight e sincronização em nuvem.

Essa arquitetura híbrida se traduz em ganho de 15% em benchmarks multi-core como Geekbench 6, enquanto o consumo energético permanece praticamente idêntico ao M4. Na prática, isso significa renderizações mais rápidas no Final Cut Pro sem comprometer a autonomia de bateria.

  1. GPU com ray tracing de terceira geração e Dynamic Caching aprimorado

A GPU de 10 núcleos integra a terceira iteração de hardware dedicado para ray tracing da Apple, com suporte expandido para sombreamento de malha (mesh shading) e compressão de texturas sem perdas. Cada núcleo gráfico agora inclui um Neural Accelerator próprio, permitindo processamento local de efeitos baseados em IA como upscaling e denoising em tempo real.

O sistema Dynamic Caching — que aloca memória GPU sob demanda — foi aprimorado com algoritmos preditivos baseados em machine learning. Isso reduz desperdício de VRAM e aumenta a eficiência em até 30% em jogos AAA como Resident Evil Village e títulos que usam o MetalFX, a resposta da Apple ao DLSS da NVIDIA.

Nos testes com Blender Cycles, o M5 entrega renderizações até 70% mais rápidas que o M4 quando ray tracing está ativado, fechando parte da lacuna histórica entre GPUs integradas e placas dedicadas de entrada.

  1. Neural Engine de 16 núcleos com arquitetura transformadora

O Neural Engine (NPU) do M5 recebeu a atualização mais expressiva. Agora com 16 núcleos dedicados, ele processa até 38 trilhões de operações por segundo (TOPS) — aumento de 25% sobre o M4. A arquitetura foi redesenhada para acelerar modelos transformadores (Transformers), base de sistemas como ChatGPT e modelos locais de linguagem.

Isso se reflete em aplicações práticas: o Whisper (transcrição de áudio) roda 2,3x mais rápido localmente. Modelos de difusão como Stable Diffusion geram imagens em até 40% menos tempo. E ferramentas de produtividade como Pages e Keynote agora oferecem sugestões baseadas em IA com latência imperceptível.

A Apple também implementou suporte nativo para quantização INT4, permitindo rodar modelos de linguagem de até 7 bilhões de parâmetros diretamente no dispositivo sem necessidade de conexão à nuvem — crucial para privacidade e uso offline.

  1. Memória unificada com largura de banda de 153 GB/s

Fonte: Hardware.com.br

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