
Contagem regressiva: Oi enfrenta risco de falência em 9 meses enquanto contesta relatório judicial
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 08:50
3 min de leituraA Oi enfrenta um cenário crítico em sua trajetória financeira, com um relatório do Observador Judicial entregue à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro apontando que a operadora teria apenas nove meses de recursos disponíveis para manter suas operações. Este diagnóstico aprofunda preocupações sobre a viabilidade da empresa, que já passou por um processo de recuperação judicial anteriormente.
De acordo com o documento judicial, a companhia necessita da alienação de ativos e implementação de estratégias extraordinárias para continuar funcionando, uma vez que seu core business não gera fluxo de caixa suficiente para sustentar as operações. Entre maio e julho de 2025, a Oi acumulou prejuízo operacional de R$ 313 milhões, evidenciando a gravidade da situação.
Outro dado alarmante revelado pelo relatório mostra uma redução drástica nos pagamentos a credores, que despencaram de R$ 67 milhões em março para apenas R$ 3 milhões em julho deste ano. Além disso, a operadora carrega dívidas de R$ 96,3 milhões com fornecedores considerados essenciais, incluindo a Hispamar Satélites, cuja prestação de serviço foi garantida via decisão judicial para evitar a interrupção de operações estratégicas.
Contagem regressiva: Oi enfrenta risco de falência em 9 meses enquanto contesta relatório judicial 19 O laudo judicial também destacou o potencial do portfólio imobiliário da empresa. Dos quase 8 mil imóveis no inventário da Oi, mais de 7,2 mil poderiam ser comercializados, com valor estimado em aproximadamente R$ 4,8 bilhões. Contudo, a monetização destes ativos enfrenta obstáculos, já que grande parte está vinculada a contratos de comodato com a V.tal, empresa que opera a rede de fibra ótica desmembrada da Oi.
Operadora contesta conclusões do relatório
Em resposta formal protocolada em 24 de setembro, a Oi rejeitou as conclusões apresentadas pelo Observador Judicial. A operadora argumenta que o documento apresenta uma visão limitada e de curto prazo sobre sua situação financeira, defendendo que a avaliação de viabilidade da empresa deveria ser competência exclusiva da Assembleia Geral de Credores, não do poder Judiciário.
Conforme reportado pelo Telesíntese, a Oi justifica seus resultados negativos como parte de um período transitório marcado pela desmobilização de serviços considerados deficitários, como a telefonia fixa em cobre e antigas operações de TV por assinatura, que vinham consumindo recursos da companhia.
Para enfrentar este cenário desafiador, a operadora apresentou iniciativas de redução de custos e aumento de eficiência operacional, destacando dois projetos principais: o Oscar e o Fênix. O Projeto Oscar prevê a desativação completa das redes de cobre até dezembro de 2025, medida que teria proporcionado economia de R$ 745 milhões apenas no primeiro semestre deste ano, com expectativa de atingir R$ 2,3 bilhões desde 2023.
Já o Projeto Fênix concentra-se na modernização dos sistemas da Oi Soluções, divisão voltada ao mercado corporativo que a empresa considera rentável e com potencial de sustentabilidade a longo prazo.
A empresa também elencou ativos estratégicos que poderiam reforçar sua liquidez, incluindo sua participação de 27,26% na V.tal, avaliada entre R$ 11 bilhões e R$ 13,5 bilhões. Além disso, a Oi menciona créditos tributários de R$ 8,3 bilhões e possíveis ganhos de até R$ 65 bilhões em processo de arbitragem contra a Anatel.
Fonte: Hardware.com.br
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