James Gunn revela o foco da 2ª temporada de Comando das Criaturas — e tudo aponta para o Planeta Salvação

A segunda temporada de Comando das Criaturas já está em produção — e, segundo declarações recentes de James Gunn, o novo capítulo da série animada deve aprofundar a trama de Salvação, o planeta-prisão que será peça central do novo DCU.

O futuro do DCU e a importância de Salvação

Durante entrevistas recentes, Gunn destacou a importância do planeta Salvação para o arco principal do novo universo DC.
A revelação ocorreu enquanto o diretor comentava o final de O Pacificador – Temporada 2, que deixou o protagonista Chris Smith isolado em Salvação, e sugeriu que a Força-Tarefa M (formada por criaturas e metahumanos prisioneiros) continuará a missão de Rick Flag Sr. — enviar criminosos superpoderosos para o novo mundo.

“Superman foi o grande ponto de partida, mas Comando das Criaturas é o coração da construção do DCU”, disse Gunn em entrevista exclusiva à CBR.

Da “soft launch” ao arco central do DCU

A primeira temporada de Comando das Criaturas estreou como um prelúdio discreto do DCU, servindo como soft launch da nova continuidade antes do filme Superman (2025).
Com roteiro assinado pelo próprio Gunn, a série apresentou personagens secundários — a Noiva, Doninha, Tubarão-Rei, Doutor Fósforo e Nosferata — e ao mesmo tempo integrou elementos de O Esquadrão Suicida e O Pacificador.

Esses laços ajudaram a transformar a animação em um elo narrativo essencial entre o passado do antigo DCEU e o futuro unificado do DCU.
Agora, com Rick Flag Sr. assumindo o comando da Força-Tarefa M, o foco se desloca para Salvação — um planeta usado para isolar metahumanos perigosos.

Salvação não é Darkseid — é algo mais humano

Fãs chegaram a especular que Salvação seria uma preparação para Darkseid, já que nos quadrinhos a saga Corrida da Salvação (Salvation Run) precede Crise Final.
Mas Gunn negou essa conexão direta: o interesse dele está em explorar o conceito de uma prisão planetária e as implicações morais de banir seres vivos de forma permanente.

“O que me atraiu foi a ideia de um planeta-prisão supervilão, não a presença de Darkseid”, explicou Gunn em conversas anteriores.

Esse conceito deve dominar Comando das Criaturas – Temporada 2, mostrando a logística e os dilemas éticos do governo em transferir supervilões de Belle Reve e Arkham Asylum para Salvação.

O Pacificador e a ponte entre as séries

O final de O Pacificador – Temporada 2 deixou Chris Smith sozinho em Salvação, abrindo o caminho para que Comando das Criaturas dê continuidade direta a esse arco.
Na trama, a Noiva termina como uma espécie de supervisora dos membros sobreviventes da Força-Tarefa M, incluindo Tubarão-Rei, Nosferata e Khalis.

Enquanto isso, Flag Sr. convence os líderes de A.R.G.U.S. de que exilar supervilões é uma solução definitiva — ainda que o público e os heróis discordem.
Essa decisão cria um conflito ético central para o DCU, opondo a segurança global à humanidade dos prisioneiros.

O dilema moral da Força-Tarefa M

A segunda temporada deve mostrar a Força-Tarefa M perseguindo fugitivos de Belle Reve e Arkham, sem saber que eles estão sendo mandados para um mundo sem retorno.
Com o tempo, os próprios membros do grupo podem questionar o propósito de suas missões, percebendo que são cúmplices de uma política de exílio irreversível.

Produção e lançamento

James Gunn escreveu e supervisionou a 1ª temporada, mas revelou que novos roteiristas assumem a 2ª sob sua orientação — seguindo o mesmo plano de continuidade que conecta Superman, O Pacificador e Comando das Criaturas.

A série está atualmente em produção pela Warner Bros. Television e DC Studios, com estreia prevista para final de 2026 ou início de 2027 no HBO Max.

Doctor Phosphorous, The Bride e Doninha em Comando das Criaturas Imagem: Warner Bros. Television / DC Studios

Com Comando das Criaturas – Temporada 2, James Gunn deve finalmente explorar as consequências morais e políticas do projeto Salvação — e pavimentar o caminho para os próximos eventos do DCU.
A série promete unir sátira, horror e dilema ético, tornando a Força-Tarefa M o reflexo mais sombrio da nova era dos heróis da DC.

Fonte: CBR