
Esqueletos com mãos e pescoços amarrados são encontrados por arqueólogos no Peru
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 18:00
2 min de leituraO que esperar da escavação de um templo? Os arqueólogos que entram num desses sítios procuram por todo tipo de evidências de como funcionava a religiosidade dos povos da área. No Peru, uma equipe de especialistas encontrou algo incomum, digno de filme do Indiana Jones: esqueletos com cordas amarradas às mãos e ao pescoço, com evidências de sacrifício humano.
Os restos mortais de mais de uma dúzia de pessoas, mortas há cerca de 2300 anos, estavam posicionados de forma estranha no túmulo, com os rostos para baixo, encostados no chão. É difícil encontrar pessoas enterradas dessa forma nos sítios arqueológicos da cordilheira dos Andes.
Muitos dos esqueletos encontrados mostravam sinais de fraturas no crânio, e alguns deles tinham as cordas amarradas em volta do pescoço e as mãos presas atrás das costas, como se tivessem sido algemados. Esses detalhes nada sutis indicam que os indivíduos provavelmente foram sacrificados, como explicou o arqueólogo Henry Tantaleán, da Universidade Nacional de San Marcos, no Peru, para o site Live Science.
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Tantaleán é o líder do time de arqueólogos que está escavando o Complexo do Templo Puemape, na costa noroeste do Peru. Eles descobriram esse túmulo no sítio arqueológico em 2024, e continuaram o trabalho de escavação durante 2025.
Os arqueólogos estimam que o templo Puemape, onde foram encontrados os esqueletos, foi construído há 3 mil anos. Os restos mortais que eles encontraram são um pouco mais recentes, e as pessoas foram sacrificadas provavelmente entre 400 a.C. e 200 a.C. Outro fator incomum da descoberta é que os mortos não eram acompanhados por nenhum tipo de oferenda ou objeto no túmulo, práticas comuns naquele contexto histórico.
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É possível que o templo já tivesse sido abandonado antes desses assassinatos rituais. “Eles teriam sido um sacrifício oferecido a esse antigo local de adoração”, disse Tantaleán para o Live Science. Porém, por enquanto, os arqueólogos sabem pouco sobre o que realmente aconteceu ali.
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Existem várias evidências arqueológicas de sacrifícios humanos espalhadas pelo mundo, como nos países escandinavos ou nas culturas helênicas. Na América pré-colombiana, os casos mais famosos foram descobertos entre astecas e maias, mas mesmo os incas e outras comunidades andinas praticavam os assassinatos rituais.
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Os especialistas conseguiram descobrir pouca coisa sobre as pessoas que foram sacrificadas. A análise dos esqueletos ainda está sendo realizada, com direito a teste de DNA para aprender mais sobre a identidade dessas pessoas. Além disso, eles também estão estudando cerâmicas, animais e plantas que foram encontrados no templo.
Fonte: Superinteressante
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