
Guerra de chips: Taiwan reforça seu controle sobre produção, desafiando os Estados Unidos
Publicado em 1 de outubro de 2025 às 11:41
2 min de leituraEm meio às tensões geopolíticas e à crescente pressão dos Estados Unidos, Taiwan declarou oficialmente que não aceitará a proposta de transferir metade da produção global de semicondutores da gigante TSMC para o território americano, informa a Reuters. A vice-primeira-ministra de Taiwan, Cheng Li-chiun, deixou claro que a ideia de uma divisão igualitária não faz parte das negociações atuais e que o país mantém sua posição de resistência.
O papel estratégico da TSMC na geopolítica mundial
Hoje, a TSMC é responsável por aproximadamente 60% da produção mundial de chips avançados, essenciais para smartphones, automóveis conectados, inteligência artificial e defesa. Sua forte presença em Taiwan é vista como uma segurança para o país, ao passo que investimentos em fábricas nos EUA, especialmente no Arizona, representam uma tentativa de diversificar a cadeia de suprimentos e reduzir riscos futuros.
Pressões dos Estados Unidos e os riscos de dependência
O governo americano, liderado pelo secretário de Comércio Howard Lutnick, quer que pelo menos 50% da produção de chips norte-americana esteja localizada dentro do país. A estratégia visa diminuir a dependência das cadeias asiáticas, especialmente diante de tensões com a China, que reivindica Taiwan como parte de seu território. Essa política busca garantir a segurança econômica, embora exija altos investimentos e desafios logísticos.
Os desafios de transferir toda a produção para os EUA
Apesar das promessas de bilhões em investimentos, a real transferência de produção em larga escala é complexa. A maior parte dos fornecedores, talentos especializados e infraestrutura sofisticada estão na ilha de Taiwan. Movimentar metade dessa cadeia para os EUA demanda tempo, recursos e mudanças estruturais profundas, o que, segundo especialistas, pode enfraquecer o ecossistema de semicondutores global.
O impacto nos negócios e na economia internacional
A negativa de Taiwan a essa divisão reflete uma preocupação maior com sua soberania e futuro econômico. Ainda assim, as negociações continuam, com propostas de redução de tarifas sobre exportações de chips e garantias de que Taiwan seguirá investindo em inovação. Para o mercado global de tecnologia, qualquer movimento pode alterar o equilíbrio de poder e a estabilidade da cadeia de suprimentos.
Perspectivas futuras para a indústria de semicondutores
As decisões de Taiwan e dos EUA terão repercussões duradouras. Uma coisa é certa: a dependência de Taiwan na fabricação de chips é uma peça-chave para a segurança econômica mundial. A resistência taiwanesa aponta para uma batalha que envolve interesses estratégicos, tecnológicos e políticos, além de um impacto direto na evolução dos dispositivos inteligentes, veículos autônomos e sistemas de defesa.
Fonte: Hardware.com.br
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