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Hideo Kojima quase fez um jogo de Matrix a pedido das Wachowski, mas a Konami recusou
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Hideo Kojima quase fez um jogo de Matrix a pedido das Wachowski, mas a Konami recusou

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 14:00

2 min de leitura

O lendário diretor Hideo Kojima quase levou o universo de Matrix para os videogames — e com o aval direto das irmãs Lana e Lilly Wachowski.
No entanto, segundo um ex-executivo da Konami, o estúdio japonês recusou o convite antes mesmo do projeto sair do papel.


As Wachowski queriam Kojima no comando

Em entrevista ao site Time Extension, o ex-vice-presidente de licenciamento da Konami, Christopher Bergstresser, revelou que o convite partiu das próprias Wachowski, grandes fãs do criador de Metal Gear Solid.

“Recebemos uma ligação das Wachowski, que queriam conhecer Kojima. Elas vieram com seu artista conceitual e disseram: ‘Queremos muito que você faça o jogo de Matrix. Pode fazer isso?’”, contou Bergstresser.

A reunião contou com a presença de Hideo Kojima, Aki Saito (hoje chefe de comunicações da Kojima Productions), e o então CEO da Konami Digital Entertainment, Kazumi Kitaue.
Mas, após a tradução do pedido feita por Saito, Kitaue simplesmente respondeu “não” — encerrando a proposta ali mesmo.

“Ainda assim, fomos convidados para a estreia japonesa de Matrix e a festa depois do filme, então não foi de todo ruim”, brincou Bergstresser.


Kojima ficou desapontado

Uma fonte anônima da Konami confirmou ao Time Extension que Kojima manteve “forte interesse” em fazer o jogo mesmo após a recusa e que houve “profunda decepção” entre os membros da equipe.
A ideia de adaptar o universo de Matrix para os games parecia natural, especialmente considerando o estilo cinematográfico que sempre marcou os títulos de Kojima.


O foco era Metal Gear Solid 2

Na época, Kojima estava em plena produção de Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, cujo desenvolvimento em larga escala começou em junho de 1999, pouco depois do lançamento de Matrix nos cinemas.
Além disso, o criador também atuava como produtor de Zone of the Enders, lançado em 2001 — o mesmo ano de MGS2.

A Konami, portanto, preferiu mantê-lo concentrado em sua principal franquia.
E, olhando em retrospecto, a decisão fez sentido: Metal Gear Solid 2 e Metal Gear Solid 3 se tornariam dois dos jogos mais influentes da história dos consoles PlayStation.


Um “Matrix de Kojima” que nunca existiu

Embora o projeto nunca tenha avançado, imaginar um jogo de Matrix dirigido por Kojima desperta curiosidade entre fãs.
Suas narrativas complexas, temas filosóficos e estética cinematográfica combinariam perfeitamente com o universo criado pelas Wachowski.

Ironia ou destino: enquanto o “Matrix de Kojima” nunca aconteceu, o próprio Metal Gear Solid 2 acabou sendo visto como um dos jogos mais “Matrix” já feitos — tanto em estilo quanto em narrativa.


🎮 Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty foi lançado em 2001 para PlayStation 2, e é amplamente considerado um dos marcos da história dos videogames.
Já o primeiro jogo oficial de Matrix, Enter the Matrix, seria lançado apenas dois anos depois, em 2003 — sem qualquer envolvimento de Kojima.


Fonte: GamesRadar

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