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Review | Hyrule Warriors: Age of Imprisonment – Entre batalhas e memórias de Hyrule
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Koei Tecmo

Review | Hyrule Warriors: Age of Imprisonment – Entre batalhas e memórias de Hyrule

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 10:00

4 min de leitura

Uma guerra entre passado e destino

A franquia Hyrule Warriors cresceu rápido — de um simples spin-off de The Legend of Zelda a uma série paralela consolidada.
Agora, com o lançamento de Hyrule Warriors: Age of Imprisonment, a Nintendo e a Koei Tecmo entregam o terceiro capítulo dessa mistura de ação em massa e narrativa canônica, expandindo o universo de Tears of the Kingdom com um olhar mais direto para o passado.

Lançado exclusivamente para o Nintendo Switch 2, o jogo chega prometendo resolver pontas soltas da cronologia de Hyrule.
E, ao contrário de Age of Calamity — que surpreendeu os fãs com linhas do tempo alternativas —, Age of Imprisonment é um prequel de verdade, com uma história linear, sombria e emocional.


A história: o elo esquecido

A trama começa com Zelda sendo lançada ao passado, logo após os eventos iniciais de Tears of the Kingdom.
Lá, ela é acolhida por Rauru e Sonia, os antigos monarcas de Hyrule, enquanto Ganondorf prepara sua ascensão inevitável.
Entre os novos rostos, um destaque é o Mysterious Construct — um enigmático autômato com aparência de Link, acompanhado do korok Calamo.

Zelda, Rauru e Sonia em Hyrule Warriors: Age of Imprisonment Imagem: Nintendo / Koei Tecmo

Ao longo de cutscenes longas e bem dirigidas, o jogo aprofunda relações e revela nuances inéditas dos personagens clássicos.
Pela primeira vez, Ganondorf ganha o protagonismo que merece, com tempo de tela, motivação e um arco trágico digno do vilão mais icônico da Nintendo.

O resultado é uma das narrativas mais emocionalmente maduras já vistas em um título de Zelda — ainda que contada sob a estética exagerada de um Musou.


Jogabilidade: caos controlado

Quem jogou Age of Calamity ou qualquer título da linha Warriors sabe o que esperar:
batalhas em larga escala, centenas de inimigos simultâneos e uma enxurrada de combos espetaculares.

Combate em Age of Imprisonment Imagem: Nintendo / Reprodução

No entanto, Age of Imprisonment aprimora a fórmula com novidades:

  • Habilidades únicas (R + botão de ação) — cada personagem tem ataques especiais instantâneos (anti-aéreo, antibloco, etc.), adicionando estratégia ao ritmo frenético.
  • Dispositivos Zonai — equipamentos elementais de fogo, gelo e eletricidade que criam sinergias entre personagens e alteram o campo de batalha.
  • Sync Strikes — ataques combinados entre aliados que funcionam como supergolpes cooperativos, com animações diferentes para quase todas as duplas.

Esses recursos tornam o combate mais dinâmico e colaborativo, especialmente no modo co-op local com GameShare, que permite jogar em dois consoles — mesmo que apenas um possua o jogo.

Apesar disso, a estrutura das fases permanece previsível: limpar bases, libertar zonas e enfrentar chefes em arenas conectadas por corredores lineares.
Há até uma bem-vinda surpresa: segmentos de voo no estilo Star Fox, onde o jogador controla o Construct em batalhas aéreas — um toque criativo em meio à repetição.


Técnica e performance

A boa notícia: Age of Imprisonment é o primeiro Hyrule Warriors realmente fluido.
Rodando a 60fps estáveis no Switch 2 (com raras quedas durante explosões e efeitos de partículas), o jogo exibe multidões e efeitos visuais muito além do que o hardware anterior suportava.

Cena de batalha com Zelda e Rauru enfrentando um Lynel Imagem: Nintendo / Reprodução

Os destaques ficam para as cutscenes pré-renderizadas, que chegam a ultrapassar 10 minutos de duração e exploram cinematografia e direção artística dignas de Tears of the Kingdom.
O único senão é que elas rodam a 30fps, o que gera um contraste perceptível em relação à fluidez do gameplay.

A trilha sonora, composta por remixes orquestrados dos temas de Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, reforça o clima épico de um capítulo que busca unir passado e presente.


Conteúdo e longevidade

A campanha principal dura entre 12 e 15 horas, com dezenas de missões opcionais, desafios paralelos e colecionáveis.
O mapa de seleção de missões é quase um mosaico de ícones — lembrando títulos da Ubisoft — e pode render mais de 40 horas de jogo total para quem quiser completar tudo.


Veredito

Hyrule Warriors: Age of Imprisonment é, ao mesmo tempo, um espetáculo e uma repetição.
Sua história é envolvente, sua performance é sólida, e seus personagens brilham — mas a estrutura Musou continua refém da monotonia.
Ainda assim, é o melhor spin-off de Zelda já feito, e o primeiro que realmente se conecta com o cânone da franquia sem truques temporais.


🎮 Ficha técnica

DetalheInformação
🕹️ TítuloHyrule Warriors: Age of Imprisonment
🏢 DesenvolvedoraKoei Tecmo / AAA Games Studio
🏠 PublicadoraNintendo
💽 PlataformaNintendo Switch 2
📅 Lançamento6 de novembro de 2025
⏱️ Duração média12–15h (campanha)
Nota8.5 / 10 – “Uma guerra digna da lenda”

“Um épico de ação que honra o legado de Hyrule — e talvez o último grande adeus antes da próxima geração de Zelda.”


Fonte: Wccftech

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