
IBM RAMAC 350: há 69 anos era lançado o disco rígido de 1 tonelada que iniciou a era do armazenamento digital
Publicado em 15 de setembro de 2025 às 10:58
2 min de leituraHá exatos 69 anos, a IBM apresentava ao mundo um equipamento que mudaria para sempre a forma como armazenamos dados digitais. O IBM RAMAC 350, primeiro disco rígido comercial da história, inaugurou em 1956 uma revolução tecnológica que perdura até hoje, mesmo em tempos de SSDs ultrarrápidos.
Este ancestral direto dos HDs modernos impressionava não pela capacidade – meros 3,75 megabytes – mas pelo tamanho colossal. O sistema completo pesava mais de uma tonelada e ocupava um espaço equivalente a duas geladeiras lado a lado. A sigla RAMAC significa “Random Access Method of Accounting and Control” (Método de Acesso Aleatório para Contabilidade e Controle), refletindo sua função empresarial.
O IBM RAMAC 350 era composto por 50 discos magnéticos empilhados verticalmente, cada um com impressionantes 24 polegadas de diâmetro (61 cm). Esta estrutura peculiar rendeu ao sistema o apelido de “fatiador de mortadela”. Seus discos giravam a 1.200 rotações por minuto, uma velocidade considerável para a época, enquanto braços mecânicos navegavam entre as placas para ler e gravar dados.
Para contextualizar sua capacidade, os 3,75MB do RAMAC 350 equivaliam a aproximadamente 62.500 cartões perfurados ou cinco milhões de caracteres de texto – volume significativo para a década de 1950. Antes dessa inovação, empresas dependiam de volumosos arquivos físicos e operadores humanos para gerenciar informações, um processo lento e propenso a erros.
O legado do IBM RAMAC 350 permanece vivo, mesmo quando suas dimensões colossais e capacidade minúscula parecem quase cômicas para os padrões atuais. Ele representa um marco fundamental na história da computação, um ancestral distante mas direto dos dispositivos de armazenamento que usamos cotidianamente.
Reynold B. Johnson, considerado o pai do primeiro disco rígido comercial, ao lado do IBM RAMAC 350. A IBM só liberou o dispositivo para clientes depois de refinar sua tecnologia e atingir um tempo de busca de 800 milissegundos – uma eternidade pelos padrões atuais, mas revolucionário na época. O RAMAC 350 trabalhava em conjunto com o IBM 305, um computador mainframe baseado em válvulas a vácuo.
De acordo com a própria IBM, este dispositivo pioneiro foi o precursor de todos os discos rígidos subsequentes, pavimentou o caminho para a invenção dos bancos de dados relacionais e, em última análise, lançou as fundações para tudo, desde voos espaciais e caixas eletrônicos até motores de busca e comércio eletrônico.
Surpreendentemente, quase sete décadas depois, os HDDs continuam relevantes. Enquanto SSDs dominam o mercado de desempenho, os discos rígidos tradicionais mantêm-se como soluções viáveis para armazenamento em massa, especialmente para consumidores e empresas que priorizam capacidade sobre velocidade. Hoje, um HD de 26TB custa aproximadamente US$500, enquanto o mesmo valor compra um SSD de apenas 8TB.
Você também pode gostar dos artigos abaixo:
Uma lenda do armazenamento: história do IBM 350, o primeiro HD
11 curiosidades sobre a IBM
Fonte: Hardware.com.br – Notícias
Leia também
- iPadOS 26 liberado: veja a lista completa de iPads compatíveis
Assim como no iPhone, que recebeu nesta segunda-feira (15), o iOS 26, os usuários do iPad também podem comemorar, já que, com o iPadOS 26, a empresa cumpre um objetivo muitos esperavam há anos: aproximar ainda mais a experiência do tablet ao que que a Apple oferece, em termos de produtividade, nos Macs.
💬 0 - Há 69 anos, a IBM lançava o primeiro HD do mundo: RAMAC 350 com 3,75 MB e mais de 1 tonelada
Os discos rígidos (HDDs) continuam sendo uma tecnologia relevante no cenário de armazenamento de dados. Então, como relembrar é viver, é hora de recordar que, há 69 anos, a IBM lançava o primeiro HD do mundo: RAMAC 350 com 3,75 MB e mais de 1 toneladas.
💬 0 - A era da internet pós-humana: bots e conteúdos sintéticos em ascensão
Em menos de três anos, os bots poderão ultrapassar o número de humanos ativos na internet — e essa mudança ameaça transformar a rede em um espaço cada vez mais artificial. Pesquisadores alertam: estamos caminhando para um cenário em que a maior parte do conteúdo online não terá origem humana.
💬 0