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Nintendo vence processo de US$ 2 milhões contra loja de mods para Switch
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Nintendo vence processo de US$ 2 milhões contra loja de mods para Switch

Publicado em 14 de setembro de 2025 às 09:32

3 min de leitura

A Nintendo deu mais um passo na sua luta contra a pirataria, conquistando uma vitória significativa em um processo judicial nos Estados Unidos. A empresa ganhou uma ação de US$ 2 milhões contra Ryan Daly, dono do site Modded Hardware, conhecido por vender dispositivos que burlam as proteções antipirataria do Nintendo Switch.

O que aconteceu no processo?

No centro da disputa está o site Modded Hardware, que comercializava produtos como o MIG Switch, um cartucho flash que permite rodar jogos no Switch sem a necessidade de cartuchos físicos originais. Embora o dispositivo pudesse, em teoria, ser usado para backups de jogos comprados legalmente, a prática mais comum era a pirataria de títulos da Nintendo. Em julho de 2024, após tentativas frustradas de acordo com Daly, a Nintendo levou o caso a um tribunal federal em Seattle, acusando-o de violar leis de direitos autorais e de comercializar dispositivos que contornam suas medidas de segurança.

O veredicto, anunciado em 5 de setembro de 2025, foi claro: Daly deve pagar US$ 2 milhões em danos à Nintendo. Além disso, o tribunal emitiu uma ordem de injunção permanente, exigindo que o site Modded Hardware seja fechado e que o domínio seja transferido para a Nintendo. Daly também está proibido de criar, vender ou promover qualquer dispositivo que viole as proteções da empresa no futuro. Essa decisão reforça a postura rígida da Nintendo contra práticas que ameaçam sua propriedade intelectual.

O que era o Modded Hardware?

O Modded Hardware, operado por Ryan Daly, oferecia uma gama de produtos voltados para modificar o Nintendo Switch. Além do MIG Switch, o site vendia modchips, consoles modificados e até serviços de instalação de jogos piratas. Um dos serviços mais controversos era o envio de consoles pelos clientes, que retornavam com jogos como Super Mario, The Legend of Zelda e Metroid pré-instalados – todos sem autorização. Essas práticas violavam diretamente o Digital Millennium Copyright Act (DMCA), que protege sistemas de segurança como os usados pela Nintendo.

Daly chegou a tentar se defender sozinho no tribunal, negando as acusações e alegando defesas como “uso justo” e “falta de evidências”. No entanto, sem um advogado, suas chances contra o time jurídico da Nintendo eram pequenas, e o resultado do processo confirmou isso.

Por que a Nintendo é tão rígida com pirataria?

Se você acompanha o mundo dos games, sabe que a Nintendo não brinca quando o assunto é proteger seus produtos. A empresa tem um histórico de ações legais contra quem desafia suas políticas. Um exemplo recente foi o caso do emulador Yuzu, que permitia rodar jogos de Switch em PCs. Em 2024, a Nintendo fechou um acordo de US$ 2,4 milhões com os criadores do Yuzu, que também foram obrigados a encerrar o projeto e entregar o site à empresa.

Além disso, a Nintendo implementou medidas técnicas para combater a pirataria, como a capacidade de “brickar” (tornar inoperante) consoles Switch que detectam jogos piratas. Essas ações mostram o quanto a empresa investe para proteger seus jogos e consoles, garantindo que os desenvolvedores e criadores sejam recompensados pelo seu trabalho. Afinal, a pirataria não afeta só a Nintendo, mas também o ecossistema de estúdios que dependem das vendas para continuar criando.

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Fonte: Hardware.com.br

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