NYCC: Uma nova era para Gotham — Sirens Black Label, Absolute Batman, Absolute Catwoman e mais

A New York Comic Con trouxe um painel “Gotham City” lotado de anúncios e bastidores para quem acompanha o presente (e o futuro) do Batverso na DC. Mediado pelo editor Rob Levin, o encontro reuniu Tini Howard, Babs Tarr, Jorge Jiménez, Scott Snyder, Nick Dragotta, Che Grayson e Erica Henderson — com atualizações de Batman, Absolute Batman, o novo Black Label das Sirens, e a aguardada Absolute Catwoman.

Absolute Batman (variant) Imagem: DC Comics

Sirens: Love Hurts — as Sereias de Gotham em Black Label

As Gotham City Sirens retornam em uma minissérie Black Label: Sirens: Love Hurts, escrita por Tini Howard e ilustrada por Babs Tarr.

Tom: “um Long Halloween para as garotas” — romance, suspense e amizade como eixo principal.
Formato: 4 edições, cada uma ambientada em uma estação do ano, acompanhando um ciclo completo.
Elenco: Mulher-Gato, Hera Venenosa, Arlequina — com Canário Negro como “honorária”.
Tramas pessoais: Harley pós-término; Pam e a solidão; Selina dividida entre dois interesses; Dinah encarando a vida pública ao lado de Oliver.
Vilã inédita: Serial killer com vibe híbrida — uma fusão entre o tom moderno (Absolute) e o camp clássico de Batman ’66.
Estreia: fevereiro de 2026.

Jorge Jiménez sobre seu Batman (e o “clássico com pegada pop”)

No trono dos lápis de Batman desde 2020, Jorge Jiménez explicou como enxugou detalhes para um visual mais icônico ao lado do roteirista Matt Fraction, mantendo gadgets em destaque e um design “retro-flat” nos cores de Tomeu Morey.

Vendagem: o primeiro número com Fraction passou de meio milhão e já está em reimpressão.
Vilão novo: Minotauro (e a organização Taurus) chega em dezembro — mistério guardado a sete chaves.
Brinde do painel: tatuagens temporárias com o símbolo da Taurus.

Absolute Batman: “só piora daqui” — origem do Coringa e mais terror

Scott Snyder e Nick Dragotta adiantaram que Absolute Batman ficará ainda mais implacável após o arco com o Bane desse universo.

Coringa Absolute: um “monstro” de ordem contra o caos do Batman; a origem sai em Absolute Batman #15 (dezembro), arte de Jock.
Horror elevado: Espantalho e Hera Venenosa entram no próximo arco; há derivações e one-shots alimentando a mitologia.
Processo criativo: o design do Coringa buscou “regra do legal” + pavor máximo em cada quadro.

Absolute Catwoman — Selina assume o palco

Confirmada a minissérie Absolute Catwoman (6 ed.), roteiros de Che Grayson e Scott Snyder, arte de Bengal.

Papel de Selina no Absolute: se Batman é o DIY dos gadgets, Selina é a high-tech — capacete à la Black Mask, cauda robótica (múltiplas funções), camuflagem, arsenal premium, cofres e safehouses nos topos do mundo.
Estrutura: o maior assalto da carreira, entrelaçado à origem — identidade de “ladra que encontra” (informação, poder, saídas).
Tema: ambição vs. raízes — até onde subir sem queimar as asas?
Lançamento: 2026.

Absolute Catwoman (debut) Imagem: DC Comics

Harley and Ivy: Life and Crimes — origem (definitiva?) do romance

Erica Henderson assina uma mini que mira organizar a continuidade do relacionamento Harley x Ivy — do romance às quebras com o Coringa.

Linguagem: liberdade de “quebrar regras” (nos limites canônicos), com humor ácido e doses de grotesco.
Cenas marcantes: Henderson brincou com a fase do Joker de “rosto arrancado”; há momentos viscerais e inventivos.
Estreia: 5 de novembro.

O painel sugere uma “curadoria tonal” para Gotham:

Linha principal (Batman) mais clássica e pop;
Absolute empurrando o horror e a subversão;
Black Label abrindo espaço para romance, estilo e voz autoral (Sirens).

A soma é um ecossistema de Gotham mais plural, com portas para novos leitores e material denso para veteranos.

Fonte: CBR