
Político japonês denuncia “censura silenciosa” feita por operadoras de pagamentos
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 16:30
2 min de leituraNos últimos meses, vêm chamando atenção do público gamer notícias sobre jogos que estão sendo retirados de lojas como o Steam e a itch.io graças a pressões exercidas por operadoras de cartões de crédito. No entanto, Zenko Kurishita, ex-deputado japonês, afirma que isso não é novidade e essa tática de censura é usada há anos no Japão.
Em uma entrevista ao site Denfaminicogamer, ele explicou que muitos conteúdos tem sido proibidos no país usando métodos do tipo pelo menos desde 2022. Eles começaram visando plataformas adultas como o DLsite, antes de se espalharem para outras áreas e mercados.
Foto: Divulgação/Mastercard
Segundo Kurishita, o aspecto mais perigoso da censura que é feita é o fato de que ela é silenciosa e pouco compreendida pelo público. Ele afirma que ninguém sabe qual é a real intenção de companhias como a Visa ou a Mastercard, que não compartilham seus princípios e só se preocupam em manter a reputação de suas marcas.
Censura é feita na base de ultimatos
O ex-deputado japonês também explicou que a pressão exercida pelas operadoras de pagamento é cruel porque é feita a partir de ultimatos. Em muitos casos, empresas não têm nenhuma opção a não ser concordar com os bloqueios e remoções de conteúdo. Afinal, se elas não fizeram isso, podem perder totalmente suas capacidades de funcionar.
“Entre as pessoas com quem conversei em múltiplas plataformas, eles só recebem mensagens súbitas como ‘a partir da próxima semana, você não vai mais ser capaz de usar nossos serviços’”’, explicou. “E isso sequer é comunicado diretamente pela Visa ou pela Mastercard, isso é transmitido indiretamente por adquirentes ou processadores de pagamento”.
Foto: Divulgação/Valve
Segundo Kurishita, a censura exercida sobre plataformas como o Steam é bastante chocante porque ninguém assume responsabilidade sobre ela. Ele também afirma que isso torna a situação especialmente perigosa, pois não há como saber quais são os reais objetivos dessas ameaças e bloqueios.
Para o político japonês, há somente dois meios de lidar com a situação. A primeira delas envolve a conscientização do público, que precisa saber que, eventualmente, os conteúdos de que gosta também podem ser censurados. De forma semelhante, ele afirma que empresas devem diversificar seus meios de pagamento para não ficarem reféns de grandes empresas, que podem mudar suas regras e diretrizes sem avisos prévios ou oportunidades de protesto.
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