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Predator: Badlands – Um épico sci-fi eletrizante que reinventa a franquia
Cinema
Predator
Cinema
Ficção Científica
Crítica
Dan Trachtenberg
20th Century Studios

Predator: Badlands – Um épico sci-fi eletrizante que reinventa a franquia

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 15:00

4 min de leitura

Dek e Thia enfrentando inimigos em Predator: Badlands Imagem: 20th Century Studios / Divulgação


O retorno triunfal de uma franquia lendária

Por quase quatro décadas, a franquia Predator parecia destinada ao esquecimento — mantida viva apenas por quadrinhos, games e adaptações ocasionais.
Mas o diretor Dan Trachtenberg (de Prey e Predator: Killer of Killers) provou que ainda havia fôlego sob o casco da criatura Yautja.
Com Predator: Badlands, ele entrega uma reinvenção cinematográfica de escala épica, que combina ação visceral, drama existencial e uma expansão cuidadosa da mitologia.


Um caçador, uma sintética e uma caçada lendária

A trama coloca o público do lado do inimigo — ou melhor, do caçador.
O protagonista desta vez é Dek, um Yautja em busca de um alvo mítico em um planeta hostil. Durante sua missão, ele encontra Thia, uma androide da Weyland-Yutani que esconde segredos próprios.
A improvável aliança entre os dois conduz o espectador por uma jornada que mistura caça, sobrevivência e autodescoberta.

O roteiro, assinado por Trachtenberg e Patrick Aison, dosa ritmo e emoção com precisão: as cenas de ação surgem como explosões controladas entre diálogos de introspecção e momentos de tensão crescente.
Há uma cadência quase poética na forma como o filme equilibra brutalidade e empatia — especialmente quando o público percebe que o predador também é uma vítima de sua própria natureza.


Mundo expandido e conexões com o universo Alien

Um dos maiores trunfos de Badlands é a maneira como ele amplia o universo cinematográfico da franquia sem perder o foco narrativo.
Trachtenberg revisita referências clássicas de Predator e as funde com elementos da mitologia de Alien, abrindo caminho para uma nova fase compartilhada entre as duas franquias.

O Predador em cena de Badlands Imagem: 20th Century Studios / Reprodução

Esse diálogo entre universos é natural — e não gratuito. Thia, a androide que acompanha Dek, traz questionamentos que ecoam temas da inteligência sintética e da humanidade, tão presentes nos filmes de Ridley Scott.
A convivência entre os dois personagens é o coração temático do longa:
predador e máquina, ambos buscando propósito em um universo que os rejeita.


Temas, ritmo e densidade emocional

Embora seja uma superprodução repleta de efeitos, Predator: Badlands não sacrifica substância em nome do espetáculo.
A narrativa trabalha com temas de evolução, honra e sobrevivência, contrapondo o instinto primal de Dek à racionalidade de Thia.
Essa dualidade conduz o filme por uma jornada de crescimento e espelhamento emocional — onde ambos os personagens aprendem a redefinir o que significa “caçar” e “viver”.

“Trachtenberg faz o que poucos blockbusters conseguem: tornar o espetáculo grandioso sem perder o olhar humano — ou alienígena — no centro de tudo.”

Mesmo quando o CGI domina a tela, há sempre uma intenção narrativa por trás da imagem.
Os momentos de ação — intensos, coreografados e cheios de impacto — se alternam com pausas silenciosas que dão espaço à reflexão.


Uma experiência visual e sonora impressionante

Com menos de duas horas de duração, o filme mantém ritmo impecável.
A fotografia aposta em tons desérticos e metálicos, com iluminação que remete aos ambientes opressivos de Prey e Blade Runner 2049.
A trilha sonora — composta por Sarah Schachner — mescla percussão tribal com sintetizadores distorcidos, criando uma textura sonora que ecoa a fusão entre orgânico e tecnológico.

Mesmo com efeitos em abundância, o visual mantém coesão.
As sequências de batalha são impressionantes e a montagem favorece a clareza — uma raridade em blockbusters de ação contemporâneos.


O veredito

Predator: Badlands é o que todo fã de ficção científica esperava: um renascimento autêntico e emocional de uma franquia que parecia perdida no tempo.
Dan Trachtenberg entrega não apenas ação e espetáculo, mas também uma história sobre identidade, sobrevivência e empatia — contada através do olhar de um monstro.

Com atuações sólidas, ritmo afiado e visuais de tirar o fôlego, Badlands se consagra como um dos melhores filmes de ficção científica de 2025 — e o capítulo mais corajoso do universo Predator.


🎬 Ficha técnica

DetalheInformação
🧩 TítuloPredator: Badlands
🎥 DireçãoDan Trachtenberg
✍️ RoteiroDan Trachtenberg e Patrick Aison
🏢 Estúdio20th Century Studios
📅 LançamentoNovembro de 2025
⏱️ Duração1h45
🧠 GêneroFicção científica / Ação
Nota9/10 – “Um épico sci-fi moderno e visceral”

“Predator: Badlands resgata a essência do cinema de ficção científica com um equilíbrio raro entre brutalidade e coração.”


Fonte: CBR

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