
CEO da Qualcomm diz que Intel ‘não é uma opção’ para produção de chips — por enquanto
Publicado em 5 de setembro de 2025 às 19:42
2 min de leituraO CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, afirmou que a tecnologia de fabricação de chips da Intel ainda não está à altura — pelo menos não para o Snapdragon X. Em entrevista à Bloomberg no dia 5 de setembro, Amon declarou que a Intel “não é uma opção hoje”, mas deixou aberta a possibilidade de uma futura parceria: “Gostaríamos que a Intel fosse uma opção.”
O comentário curto, mas direto, chega em um momento crucial da estratégia de recuperação da Intel, que aposta no modelo de foundry (fabricação para terceiros) como peça-chave de seu futuro. A empresa vem insistindo que seu roadmap depende de conquistar grandes clientes externos. As palavras de Amon, no entanto, minam uma das perspectivas mais realistas da Intel para atrair produção avançada de chips de terceiros — ao menos no curto prazo.
Atualmente, os Snapdragon X são produzidos pela TSMC em seu processo N4 (4nm-class), altamente eficiente e ajustado para SoCs móveis com grandes blocos de GPU e NPU. Esses chips já estão equipando uma nova geração de notebooks Arm-based, com níveis de eficiência energética que rivalizam, e às vezes superam, os processadores Intel mais modernos.
O desempenho avança tão rápido que a Qualcomm já é concorrente direta da Intel no mercado de notebooks finos e leves. Isso dá ainda mais peso à fala de Amon: uma das empresas mais promissoras do setor de PCs disse publicamente que a Intel não está pronta para suprir suas necessidades.
Há também uma ironia no roadmap da Intel: os futuros Nova Lake devem ser parcialmente fabricados pela própria TSMC N2, enquanto o processo Intel 18A ficaria reservado a peças de entrada. Ou seja, a Intel compete com a TSMC ao mesmo tempo em que depende dela — e ainda precisa convencer empresas como a Qualcomm a apostar em suas fábricas.
Em julho, a Intel admitiu que poderia pausar ou abandonar o desenvolvimento do processo 14A caso não conseguisse novos clientes externos ou marcos críticos de produção. Desde então, surgiram dúvidas sobre os riscos de execução no 18A, processo que a Intel anunciou como sua volta à liderança, mas que enfrenta problemas de rendimento (yield). O comentário de Amon só aumenta essas incertezas.
Mesmo assim, a Qualcomm não fechou totalmente a porta. Amon disse que consideraria a Intel se ela pudesse entregar eficiência, e as duas companhias já sinalizaram interesse em colaborar no passado. Mas, por enquanto, os Snapdragon X continuam nas linhas da TSMC.
Fonte: Tom's Hardware (EN)
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