“Queríamos o melhor jogo de corrida do Sonic”, diz criador

Mascotes são personagens que definem gerações de videogames e grudam na memória afetiva dos fãs como fortes correspondentes de uma marca. Nesse sentido, Sonic é um dos protagonistas mais importantes de qualquer tempo.

Seu mais recente sucesso, Sonic Racing CrossWorlds, mostra que o ouriço não só está em ótima fase como deixa um vislumbre positivo para o futuro, sobre o qual conversamos com Takashi Iizuka, líder criativo e produtor no Sonic Team, divisão da SEGA responsável pelo mascote.

Afinal de contas, ele não foi considerado o melhor jogo de corrida do ano pelo Flow Games à toa, não é mesmo?

Sonic Racing CrossWorlds e a diversão em primeiro lugar

Perguntado sobre a fórmula de sucesso para o recente jogo de corrida do ouriço azul e sua turma, Iizuka foi enfático: “Queríamos o melhor jogo de corrida para o Sonic”.

“Ao falar sobre jogos de corrida, temos títulos como Gran Turismo, de simulação, e há games como o nosso, mais sobre a diversão da experiência. Ambos são títulos de corrida, mas fundamentalmente diferentes. Queremos que qualquer um pegue o controle e tenha diversão. Nosso time teve esse foco desde o começo”, explicou o criador.

Não quisemos simplesmente criar um clone de Mario Kart, e sim algo único com o semblante do Sonic, algo que só ele tem – Takashi Iizuka, Creative Officer e Produtor no Sonic Team

Takashi Iizuka. Imagem: Flow Games

“Dessa vez, colocamos os anéis de viagem, que muda os locais da corrida instantaneamente. Acreditamos que essa mudança pudesse trazer ares diferentes à emoção da corrida. E não tenha dúvidas, sempre há ideias novas a serem exploradas por aí”, complementou.

Naturalmente, Mario Kart foi citado como o “rei” desse estilo de jogo, mas hoje há competição para isso.

“É inevitável citar Mario Kart, sim. Ele ainda é o rei. Eles [Nintendo] fazem isso há muito tempo. Mas também sei que não quisemos simplesmente criar um clone dele. Quisemos fazer algo único [com Sonic Racing CrossWorlds] a nós, aos jogadores e à série. É sobre como podemos injetar o componente legal nesse jogo, como podemos injetar velocidade, trazer aquele semblante do Sonic, algo que só ele tem e sabe fazer. É nisso que o time [de desenvolvimento] pensa”, enalteceu Iizuka-san.

Imagem: SEGA

A força dos mascotes

Perguntado se há espaço para a ideia de “mascotes” nos tempos atuais, algo muito comum em décadas passadas, quando importantes personagens se tornaram uma espécie de “representantes” das marcas, o criador citou Astro Bot como um bom exemplo recente.

O status de lendário vem com o tempo. Há espaço para mascotes, sim

Fonte: Flow Games