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Review: Hollow Knight Silksong é puro VIDEOGAME!
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Review: Hollow Knight Silksong é puro VIDEOGAME!

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 17:36

4 min de leitura

Esse texto não é sobre mim, mas sim sobre Hollow Knight Silksong. Ainda assim, não tenho outra forma de começar a escrever essa análise que não seja contextualizando um pouco da minha vida e dos bastidores do Flow Games.

Um mês atrás eu nunca imaginaria que analisar Hollow Knight Silksong caberia a mim, e riria se alguém me contasse que não só o review do jogo ficaria comigo, mas que eu mesmo pediria diretamente aos meus amigos para analisá-lo. Afinal de contas, eu já não gostava muito do Hollow Knight original, e nunca fui lá muito fã de jogos derivados de Metroid (ou Metroidvania, se preferir).

Acontece que, em um daqueles caprichos do destino, eu acabei pegando profunda simpatia pela história dos bastidores de desenvolvimento do Hollow Knight Silksong ao ler sobre como a sua pequena equipe passou por uma espécie de “céu de desenvolvimento”, fazendo tudo com a maior calma do mundo e se divertindo ao longo do processo. Enquanto o mundo se perguntava o que estava errado no longo ciclo de desenvolvimento do game, os caras riam e se divertiam em seu próprio ritmo. Eu adorei isso!

Imagem: Team Cherry

Há algo de muito bonito, recompensador e exemplar nessa forma de produzir arte, ainda mais levando em conta que eles optaram por lançar um projeto tão ambicioso em um precinho bem camarada. E foi por isso que eu decidi votar com a carteira e comprar o jogo no dia do seu lançamento, apoiando essa prática de mercado e torcendo pelo melhor. Mal sabia eu o que me esperava…

Como Hollow Knight Silksong me conquistou

Acredite em mim quando eu digo que, se eu não gostava de Hollow Knight, não era por falta de tentativas e de boa vontade. Ao menos quatro vezes eu comecei a campanha do zero em diferentes plataformas, mas sempre acabava empacando fatalmente com coisa de duas a cinco horas de gameplay, totalmente perdido no mapa e sem fazer ideia do que fazer.

Eu sei, “git gud” e tal, mas senso de direção nunca foi o meu ponto mais forte, e o sistema de mapas críptico e obtuso tirava quase que totalmente a minha diversão, por mais que eu gostasse da estética, trilha sonora e sistema de combates. Assim, quando Hollow Knight Silksong apareceu no horizonte, a minha esperança e torcida foi justamente “tomara que agora esteja mais fácil de navegar por aí, senão eu não vou conseguir jogar de novo”.

Considerando que eu zerei Hollow Knight Silksong praticamente sem encalhar (salvo um único trecho que descreverei mais adiante), só há dois caminhos possíveis: ou eu magicamente fiquei bom em jogos de labirinto e exploração nesse meio tempo ou, mais provável, o mapa da sequência e toda a sua estrutura de progressão lógica pelos cenários ficou bem mais intuitiva, melhor trabalhada, desenhada e habilmente conectada.

Na minha percepção, ter uma estrutura de atos com objetivos finais sempre bem marcados ajudou muito, assim como me auxiliou bastante equipar uma bússola cedo e praticamente não esbarrar com becos sem saída. No meu primeiro loop de gameplay, era difícil passar mais de uma hora sem pegar um novo poder inédito e empolgante, seja ele um pulo duplo, gancho, corrida ou até novas formas de se mover e bater graças ao sistema de brasões.

A sensação de progresso constante me permitiu sentir uma adrenalina e deslumbre como quase nunca sinto em jogos. Me aventurar por Hollow Knight Silksong foi como voltar a ser um adolescente descobrindo jogos legais na locadora, mergulhando em um mundo mágico de possibilidades, segredos e mistérios. Foram dezenas de horas empolgantes que eu guardarei no coração para sempre.

Imagem: Team Cherry

Uma das melhores histórias da geração

Há muitas formas de desenvolver a sua narrativa nos videogames. Isso pode ser feito apelando para a estrutura e clichês hollywoodianos com toda a pinta cinematográfica, como costumam fazer os jogos exclusivos de PlayStation. A história também pode ser mais minimalista e servir apenas como um pano de fundo para sustentar o gameplay. Pode rolar mais ao estilo de um livro com muito texto, ou surgir mais organicamente.

Não existe uma única fórmula certa para o sucesso, mas eu gosto bastante da abordagem de Hollow Knight Silksong, que é quase uma versão mais “lite” dos Souls da FromSoftware. Aqui você não precisa ficar lendo cada descrição de item para entender o que está acontecendo, mas muito da trama é contada através do ambiente, por objetos interativos e por personagens secundários que parecem estar vivendo as suas próprias jornadas e conversam de forma meio críptica.

Fonte: Flow Games

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