
Review: Pokémon Legends Z-A é 8 ou 80
Publicado em 23 de outubro de 2025 às 15:53
3 min de leituraÉ bem provável que você já tenha aberto essa análise de Pokémon Legends Z-A com uma visão firme não só sobre esse jogo, mas sobre o estado da franquia Pokémon como um todo. Para o bem ou para o mal, ela desperta muitas paixões, especialmente nesses tempos de redes sociais inflamadas.
Curiosamente, assim como o mundo real alterna entre passadores de pano e haters cegos de fúria, o jogo em si também oscila bastante e acaba dando munição para todos os lados do debate público. Há muita coisa para amar em Pokémon Legends Z-A, mas também muitos problemas incompatíveis com o que era de se esperar da maior franquia de entretenimento do planeta.
Por baixo disso tudo, há um jogo legal. Se isso basta ou não, você provavelmente já respondeu mentalmente. Ainda assim, o meu papel profissional aqui no portal do Flow Games é tentar trazer a análise mais justa do que eu observei ao longo dos meus testes, então acompanha a seguir o review completo de Pokémon Legends Z-A.
Imagem: Nintendo
De volta à Lumiose
Na cronologia da série principal de Pokémon, poucas cidades foram mais marcantes e importantes do que Lumiose, a grande metrópole na região de Kalos. Afinal, foi nela que a franquia deu uma guinada definitiva para o 3D em Pokémon XY, lançado em 2013 para o 3DS.
Curiosamente, é mais ou menos a partir dali que o trabalho da desenvolvedora Game Freak também começa a ser mais divisivo, já que a cada nova geração o estúdio parece penar um pouco mais para lidar com o 3D moderno. Das quedas de frames nas batalhas de Sun e Moon, até as texturas baixas e otimização questionável dos recentes Scarlet e Violet, o escrutínio sobre o time disparou ao longo dos anos.
É um certo alívio, então, pisar em Lumiose e, ao menos na versão de Nintendo Switch 2, notar que tudo está rodando a 60 fps estáveis o tempo inteiro. Pokémon Legends Z-A é bem fluído e, diferente dos citados Scarlet e Violet, não passa a sensação de que tudo vai quebrar a qualquer segundo em uma engasgada fatal.
Nem tudo é tão brilhante em Lumiose, já que os modelos dos prédios, suas declarações e ambientes externos são simplificados demais para os padrões de um jogo lançado em 2025, mas também dá para ver o copo meio cheio: os modelos de personagens evoluíram substancialmente, estão muito bem animados e com expressões faciais riquíssimas e top de linha.
Os Pokémon também estão mais bonitos do que nunca, o que acaba transformando Lumiose em uma cidade de contrastes: por um lado, a sua arquitetura e visual parecem saídas de duas gerações atrás. Por outro lado, as pessoas e criaturas que lá vivem são o melhor Pokémon 3D que já vimos até hoje. Novamente, é uma questão de preferir ver o copo meio cheio ou meio vazio.
Legends nem tão Legends assim?
Eu não sei você, mas eu pelo menos zerei e gostei bastante do Pokémon Legends Arceus. Ele fazia valer a nomenclatura diferenciada de “Legends” por apresentar não apenas um gameplay diferente, mas também toda uma contextualização única.
Imagem: Nintendo
Além de oferecer um mundo aberto e sistemas de luta diferentes de tudo o que tínhamos na franquia, ele tinha uma lógica de isekai (aquele gênero em que os personagens são transportados a outro mundo e/ou época). Pelo nome “Legends”, ou lendas, eu presumi que lançamentos posteriores da série também operariam nessa lógica, e que cada jogo seria inspirado em uma criatura lendária.
Por alguma motivo, Pokémon Legends Z-A larga muita das coisas que pareciam estabelecidas no primeiro jogo, preservando apenas uma parte de seu loop de gameplay, forma de capturar criaturas e organização de menus e sistemas. O Z-A do título, por exemplo, agora diz respeito a um sistema de batalhas único da cidade de Lumiose, que é tomada por uma espécie de battle royale à noite. Você começa no rank Z e, aos poucos, vai ganhando o direito de enfrentar treinadores rankeados nas outras letras do alfabeto, até chegar no tão sonhado rank A.
Fonte: Flow Games
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