
Quiet Cracking: o que é o fenômeno que pode custar até R$ 2,7 tri às empresas
Publicado em 30 de agosto de 2025 às 20:00
3 min de leituraFonte: Canaltech
Quiet Cracking: o que é o fenômeno que pode custar até R$ 2,7 tri às empresas Por Marcelo Fischer Salvatico • Editado por Claudio Yuge | O conceito de Quiet Cracking se refere à algo conhecido há muito tempo no mercado de trabalho: o esgotamento mental que afeta a produtividade. Já se estima que mais da metade das pessoas sente os efeitos do fenômeno no dia-a-dia, e o seu impacto pode causar prejuízo de até US$ 438 bilhões (cerca de R$ 2,77 trilhões) por ano às empresas.
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- OpenAI inaugura primeiro escritório no Brasil em São Paulo O fenômeno, que em português significa “quebrando em silêncio”, é mais uma nomenclatura que tenta explicar a desmotivação no trabalho, como o Quiet Quitting, em que o colaborador, aos poucos, diminui a entrega de demandas, de forma consciente. A diferença entre o Quiet Quitting (demissão silenciosa, em português) e o Quiet Cracking está aí: o trabalhador continua suas entregas, mas desmotivado e exausto, sem perceber que sua saúde mental está afetando a produtividade. O profissional está a beira ou já apresenta sinais de burnout, se sente insatisfeito com o emprego e, ocasionalmente, perde força de trabalho e qualidade nas entregas, podendo causar uma demissão. De acordo com uma pesquisa da plataforma de aprendizado TalentLMS, realizada com 1.100 pessoas nos Estados Unidos, 54% dos entrevistados descreveram sinais de Quiet Cracking. E, além do impacto na saúde mental, o fenômeno se reflete também nas contas. Um levantamento da Gallup, empresa de consultoria e análise, o fenômeno representa uma perda de US$ 438 bilhões em produtividade anualmente. Como evitar o Quiet Cracking De acordo com o cientista-chefe da Hogan Assessments, Ryne Sherman, independente da terminologia utilizada para explicar a desmotivação e queda de produtividade, o primeiro passo para as empresas é individualizar seus trabalhadores e tratá-los a partir de causas personalizadas. “Vemos uma enxurrada de expressões para falar de produtividade e desengajamento — quiet quitting, quiet firing, agora quiet cracking. Mas todos esses rótulos apontam para a mesma realidade: se não entendermos a personalidade, os valores e os riscos de cada indivíduo, vamos continuar apenas reagindo a sintomas, sem tratar a causa”, afirma Ryne. O executivo compartilha também outros insights que podem auxiliar as empresas na mitigação dos danos do Quiet Cracking. Investimento em carreira Uma das causas da “quebra” do mental dos funcionários é a falta de perspectiva de crescimento. É necessário mapear talentos e direcionar a trilha de crescimento para nortear o senso de propósito pessoal do colaborador. Lideranças empáticas O tratamento do líder impacta diretamente na performance do liderado. Treinar as lideranças da empresa para serem melhores ouvintes, saberem dar feedbacks e apoio em momentos de stress pode evitar o desgaste dos funcionários. Alinhamento é essencial Saber o que deve ser feito parece algo simples, mas, se não alinhado corretamente, ocasiona o “trabalho em vão”. É essencial que o colaborador saiba o que é valorizado e o que não deve ser feito dentro do ambiente de trabalho, que tenha regras claras. Comunicação O Quiet Cracking é um fenômeno quase “invisível”. Não aparecerá em relatórios de pesquisa de clima ou em análise de dados. A comunicação é a ponte essencial entre o colaborador e a empresa para entender os problemas que ocorrem e direcionar os esforços para mitigação. Veja também:
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