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AMD e Sony revelam 3 tecnologias que vão mudar os games no futuro
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AMD e Sony revelam 3 tecnologias que vão mudar os games no futuro

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 13:28

3 min de leitura

A parceria estratégica entre AMD e Sony Interactive Entertainment acaba de ganhar novos contornos. Em um encontro realizado em Austin, Texas, Jack Huynh — vice-presidente sênior e gerente geral do grupo de Computação e Gráficos da AMD — recebeu Mark Cerny, arquiteto-chefe do PlayStation 5 e PS5 Pro, para discutir os próximos capítulos do Project Amethyst.

O resultado? Três inovações de hardware que prometem redefinir a maneira como jogos serão renderizados, iluminados e processados nas próximas gerações de consoles e GPUs da AMD.

Neural Arrays: IA distribuída para renderização eficiente

A primeira tecnologia apresentada são os Neural Arrays, um sistema que transforma múltiplas unidades de computação da GPU em uma espécie de motor de inteligência artificial unificado. Em vez de cada núcleo trabalhar isoladamente, eles compartilham dados e processam informações como uma única entidade focada em machine learning.

Segundo Huynh, essa abordagem muda completamente o jogo para renderização neural: permite modelos de IA maiores, menos overhead de processamento, mais eficiência e escalabilidade superior à medida que as cargas de trabalho aumentam. Mark Cerny explicou que redes neurais usadas em tecnologias como FSR e PSSR são extremamente exigentes para a GPU, tanto em termos computacionais quanto de acesso rápido à memória.

Radiance Cores: hardware dedicado para iluminação em tempo real

A segunda inovação são os Radiance Cores, um bloco de hardware totalmente novo projetado para transporte unificado de luz. Ele assume todas as responsabilidades de ray tracing e path tracing em tempo real, liberando as unidades de computação tradicionais para outras tarefas.

Huynh destacou que a tecnologia se baseia no Neural Radiance Caching, apresentado na Computex deste ano como parte do FSR Redstone. Com os Radiance Cores, a iluminação atinge um novo patamar de desempenho, enquanto as unidades de shading podem se concentrar exclusivamente em renderizar cenas.

Universal Compression: compressão inteligente para maximizar banda de memória

A terceira peça do quebra-cabeça é o Universal Compression, um sistema que avalia cada dado enviado à memória e o comprime sempre que possível. Diferente de sistemas tradicionais que comprimem apenas texturas, essa tecnologia trabalha com todos os tipos de informação que trafegam pela GPU.

O resultado é uma redução dramática no uso de banda de memória. Como apenas os bytes essenciais são enviados, a GPU consegue entregar mais detalhes, taxas de quadros superiores e maior eficiência energética. Cerny observou que a compressão universal permitirá que GPUs superem as especificações nominais de largura de banda graças ao nível de eficiência alcançado.

De simulações a consoles: o futuro do gaming compartilhado

Embora essas tecnologias ainda existam apenas em forma de simulação, tanto AMD quanto Sony confirmam que elas devem aparecer em futuros consoles dentro de alguns anos. Huynh reforçou que os avanços também chegarão a outras plataformas de gaming, incluindo PCs equipados com GPUs AMD de próxima geração.

Cerny deixou claro que grandes partes da RDNA 5 — ou como quer que a AMD decida chamá-la — estão sendo desenvolvidas a partir do trabalho de engenharia que ele conduz no projeto. A colaboração vai além de tecnologia proprietária: trata-se de um esforço conjunto para mover toda a indústria para frente.

O executivo da AMD encerrou sua postagem no LinkedIn destacando que não se trata apenas de tecnologia, mas de uma parceria, uma amizade e uma jornada compartilhada rumo a algo extraordinário. Segundo ele, há gratidão pela confiança mútua e pelo futuro transformador que estão construindo juntos.

Fonte: Hardware.com.br

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