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Anatel quer criar laboratório para barrar provedores piratas
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Anatel quer criar laboratório para barrar provedores piratas

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 11:28

2 min de leitura

Proposta da Anatel também visa intensificar o combate à informalidade • Anatel sugeriu a criação de um laboratório para combater provedores clandestinos de internet, em parceria com o Ministério da Justiça.

• A iniciativa prevê uma solução de conformidade para regularizar pequenos provedores e coibir a venda de equipamentos não homologados.

• Proposta surge em meio a mudanças regulatórias: provedores com até 5 mil acessos, antes isentos de registro, têm até 20 de outubro de 2025 para solicitar autorização.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sugeriu a criação de um laboratório para combater provedores de internet clandestinos e irregulares. A medida foi apresentada ontem (21/10) pelo conselheiro Edson Holanda, durante o evento NEO, em Salvador (BA), e seria uma colaboração com o Ministério da Justiça.

Holanda citou uma estratégia de duas frentes. Além da cooperação com o Ministério da Justiça, foi proposta uma “solução de conformidade via atacado”. Não há muitos detalhes, mas a medida poderia permitir a regularização de provedores informais por meio do uso da infraestrutura de grandes operadoras.

Dessa forma, seria possível distinguir o pequeno empreendedor que atua na informalidade, muitas vezes devido a barreiras burocráticas, daquele que opera em associação com atividades criminosas.

O conselheiro também mencionou a necessidade de ampliar o diálogo com o setor de comércio eletrônico (e-commerce). A medida poderia brecar a venda de equipamentos de telecomunicações não homologados, que servem de base para a operação de redes clandestinas e para a pirataria de conteúdo audiovisual.

Combate à pirataria esbarra na expansão do crime organizado

Anatel quer combater redes controladas por organizações criminosasA sugestão de criar um laboratório conjunto com o Ministério da Justiça visa montar uma frente de inteligência dedicada a investigar e desarticular essas operações, que usam o serviço de internet como ferramenta de controle territorial e fonte de receita.

O diagnóstico da Anatel e de órgãos de segurança é que, em diversas regiões do país, a prestação do serviço deixou de ser uma atividade comercial informal para se tornar um monopólio controlado por facções. Segundo a Agência Brasil, somente no Rio de Janeiro, em julho deste ano, 80% das empresas de internet que atuam em comunidades da capital estão sob controle ou associadas a grupos criminosos.

A Anatel aborda a prática como concorrência desleal, já que os operadores clandestinos não pagam impostos nem cumprem obrigações trabalhistas, afetando diretamente cerca de 23 mil pequenos provedores regulares. Para o consumidor, o serviço irregular pode trazer instabilidade e ausência de respaldo legal, já que não há fiscalização nem possibilidade de recorrer à agência em caso de problemas.

Proposta surge após mudança regulatória

Fonte: Tecnoblog

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