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Apito de osso era usado pela “polícia” do Egito Antigo há 3,3 mil anos; ouça
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Apito de osso era usado pela “polícia” do Egito Antigo há 3,3 mil anos; ouça

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 08:00

2 min de leitura

Um artefato feito de osso de vaca foi identificado como um apito que provavelmente era usado por forças de segurança do Egito Antigo para patrulhar e vigiar trabalhadores que serviam aos faraós, revelou um novo estudo.

O instrumento tem 3,3 mil anos e foi escavado em 2008 na cidade de Amarna, que, no passado, era chamada de Aquetáton e serviu de capital do Egito Antigo durante um período da 18ª Dinastia. Trata-se de um pedaço de osso de uma vaca jovem esculpido e com um furo no meio.

Desde que foi encontrado, porém, o artefato não tinha sido analisado de perto. Agora, um novo estudo publicado no International Journal of Osteoarchaeology revelou que o item é um apito – o primeiro do tipo já identificado para o período.

Os pesquisadores usaram técnicas de microscopia e fotografia para analisar o achado arqueológico em detalhes e compararam seu formato com outros apitos da Antiguidade encontrados mundo afora. Depois, construíram uma réplica do artefato, também feita de osso de vaca, e testaram para verificar se, de fato, produziria som. O resultado você ouve abaixo:

document.createElement('audio'); https://super.abril.com.br/wp-content/uploads/2025/09/a-tiny-cow-bone-whistl.mp3

O apito foi encontrado num local próximo a um conjunto de habitações chamado de “Vila dos Trabalhadores” pelos arqueólogos, que abrigava empregados responsáveis pela construção de tumbas reais e outras construções de luxo dos faraós.

O cemitério da família real era um local altamente policiado pelas forças de segurança dos governantes, e por isso a equipe de cientistas acredita que o apito era um instrumento usado por esses “guardas” para vigiar os trabalhadores.

A ideia de que o apito pudesse ser utilizado como instrumento musical foi descartada porque ele só produz uma nota.

Amarna, a cidade onde o apito foi encontrado, é famosa por ter sido fundada pelo faraó Aquenáton, um dos mais famosos e controversos líderes do Egito Antigo. No seu reinado, o Estado abandonou a crença na mitologia egípcia tradicional, de caráter politeísta, e adotou oficialmente o Atonismo, religião monoteísta centrada no deus solar Áton. Aquenáton também é lembrado por ser marido da rainha Nefertiti e pai de Tutancâmon, cuja tumba foi encontrada intacta em 1922.

Fonte: Superinteressante

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