
Cientistas criam bateria de areia para aquecer pequena cidade finlandesa
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 19:00
2 min de leituraFonte: Superinteressante
Pornainen é uma cidade pequena no sul da Finlândia que não chega a 5000 habitantes. Mesmo assim, ainda é o sul da Finlândia, um dos países nórdicos da Europa, e as temperaturas no inverno podem ficar abaixo de zero. Mais que um pijama quentinho e bons cobertores, as casas precisam ter um sistema de calefação para esquentar os ambientes.
Na maioria das vezes, esse aquecimento depende de fontes de energia que contribuem para as mudanças climáticas, como petróleo e carvão. Para esquentar os 4.964 habitantes de Pornainen de forma sustentável, uma nova tecnologia foi instalada: a maior bateria de areia do mundo.
Desenvolvida pela empresa Polar Night Energy, essa bateria é um contêiner de aço gigante lotado com 2000 toneladas de areia, com cerca de 13 metros de altura e 15 metros de comprimento. Ela tem uma capacidade de armazenamento dez vezes maior que a primeira bateria de areai que a empresa entregou, para a cidade de Kankaanpää, em 2022.
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A bateria pode armazenar e oferecer 1 MW de energia térmica. A expectativa da Polar Night Energy é que o projeto reduza as emissões de CO₂ do sistema de aquecimento de Pornainen em cerca de 160 toneladas.
Como funciona a bateria de areia
A areia da bateria de Pornainen serve para armazenar energia, em formato de calor. Ela pode guardar a produção em excesso de plantas de energia eólica e solar (que geram energia de forma intermitente, só quando há vento ou sol) por meses, e depois devolvê-la como calor, sem o processo de queima que libera gases de efeito estufa na atmosfera.
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Quando há excesso de energia elétrica limpa, ela é usada para aquecer a areia com um sistema de circuito fechado, com tubos que transferem o calor da energia para o material arenoso, que pode chegar a 600 °C. O calor armazenado na areia pode ser liberado em momentos de alta demanda energética na forma de ar, vapor ou água quente para abastecer o sistema de aquecimento da cidade. Assim, a demanda vai ser resolvida com energia renovável, e não com combustíveis fósseis.
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Jerit Leo Mitchell é doutorando na Universidade de Regina, no Canadá. O texto abaixo saiu originalmente no site The Conversation.