
Cientistas descobrem vasos sanguíneos preservados no maior fóssil de T. Rex do mundo
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 08:00
2 min de leituraFonte: Superinteressante
Jerit Leo Mitchell é doutorando na Universidade de Regina, no Canadá. O texto abaixo saiu originalmente no site The Conversation.
Apesar de grande parte da pesquisa atual em paleontologia se concentrar em tentar encontrar vestígios de restos orgânicos em fósseis, infelizmente, nunca se conseguiu recuperar o DNA de dinossauros.
Muito do que sabemos sobre os dinossauros vem de ossos e dentes preservados que foram desenterrados do solo. No entanto, esses tecidos duros, por si só, são limitados nas informações que fornecem.
Os tecidos moles são extremamente raros nos registros fósseis, mas podem ajudar a fornecer uma reconstrução muito mais realista da vida antiga. Isso inclui coisas como músculos e ligamentos, pigmentos ou até mesmo pele (como escamas ou penas), que contêm informações detalhadas sobre como os dinossauros viviam e como eram.
Outro tecido mole interessante que pode ser encontrado nos ossos são os vasos sanguíneos. Minha equipe de pesquisa e eu descobrimos vasos sanguíneos preservados em um fóssil de Tyrannosaurus rex, e nossas descobertas foram publicadas recentemente na revista Scientific Reports.
Como estudante de Física na Universidade de Regina, entrei para uma equipe de pesquisa que usava aceleradores de partículas para estudar fósseis. Lá, descobri pela primeira vez vasos sanguíneos em um osso de um T. rex usando modelos 3D avançados. Já se passaram quase seis anos desde aquele momento; agora estou fazendo meu doutorado, onde uso minha formação em Física para aprimorar técnicas de análise na pesquisa de fósseis.
Compartilhe essa matéria via:
Um espécime extraordinário
Os vasos foram encontrados em um espécime notável de T. rex apelidado “Scotty”. Mantido na coleção do Museu Real de Saskatchewan, no Canadá, Scotty é o maior T. rex já desencavado. O fóssil também continua sendo um dos espécimes mais completos de T. rex conhecidos.
Scotty parece ter tido uma vida difícil há 66 milhões de anos; muitos dos ossos recuperados parecem ter lesões, possivelmente devido a uma briga com outro dinossauro ou a uma doença. Um osso em particular, uma seção da costela, apresenta uma grande fratura parcialmente curada.
Em geral, depois que os ossos passam por um evento traumático como uma fratura, há um grande aumento na atividade dos vasos sanguíneos na área afetada como parte do processo de cicatrização. Acreditamos que foi isso que foi encontrado na costela de Scotty: uma extensa rede de vasos mineralizados que pudemos examinar usando modelos 3D reconstruídos.
Revolucionando a pesquisa paleontológica
Leia também
- Cientistas criam o primeiro qubit biológico

Os bits quânticos, ou qubits, são o elemento fundamental dos computadores quânticos: máquinas que exploram propriedades estranhas da física quântica, como a sobreposição (uma partícula poder estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), para tentar calcular dados mais depressa do que os computadores convencionais.
💬 0 - Maior cratera da Lua revela sinais radioativos e pode mudar missões da Nasa

Uma nova pesquisa sugere que a maior e mais antiga cratera da Lua não se formou da maneira que os cientistas imaginavam. A descoberta pode alterar o entendimento sobre a história do satélite natural e, potencialmente, redirecionar o foco das futuras missões Artemis, que pretendem levar astronautas de volta à superfíci…
💬 0 - Cientistas acordam microorganismos presos no permafrost há 40 mil anos

Muito se fala sobre o degelo do permafrost, cortesia do aumento da temperatura da Terra. Pouco, porém, se fala sobre o que é o permafrost. Então vamos lá
💬 0