
Criatura abissal aparece na superfície e surpreende cientistas por ser fofa
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 14:00
2 min de leituraFonte: Superinteressante
Quando criaturas abissais saem lá do fundão dos oceanos e fazem uma rara visita à superfície, as manchetes costumam ser sempre as mesmas: variações adjetivadas para carinhosamente descrever o peixe como horrível, assustador e bizarro.
Foi só recentemente que tudo começou a mudar, e estes peixes feiosos ganharam espaço no coração dos espectadores. O peixe diabo-negro, por exemplo, fez uma legião de apaixonados no começo deste ano. Já o peixe-bolha, uma vez o “mais feio do mundo”, virou o “peixe do ano” na Nova Zelândia.
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A questão é que ser feio é também sobreviver: um corpo gelatinoso suporta uma pressão que esmagaria um submarino comum e é uma adaptação essencial para quem vive abaixo dos três mil metros de profundidade; características bioluminescentes para guiá-los no breu, nem se fala; e um aspecto transparente para camuflagem na escuridão total é garantir a chegada do dia seguinte.
No entanto, um pequeno peixe rosado fez uma viagem improvável até o topo e, surpreendentemente, continuou fofo.
O bumpy snailfish — ou peixe-caracol-rugoso — não é o monstro marinho das lendas, mas sim uma criatura de aparência delicada.
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“É adorável”, disse Mackenzie Gerringer, bióloga marinha da State University of New York em Geneseo, para o The New York Times. Para ela, o peixe é a antítese da imagem sombria que associamos às profundezas.
Descoberto na costa da Califórnia, o animal veio à tona durante uma expedição científica liderada pelo Monterey Bay Aquarium Research Institute. Com corpo gelatinoso, cabeça arredondada e uma coloração rosada, o peixe é uma adaptação para suportar pressões de mais de cem megapascais (mais de mil vezes a pressão de 1 atm, que é sentida a nível do mar) e temperaturas mais frias que a de um refrigerador doméstico — tudo isso sempre com um sorrisão na cara.
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Gerringer chama os animais de “belos e interessantes” e se surpreende com as aparências delicadas vindas de um bicho que vive em um ambiente extremamente hostil. São “adaptações realmente emocionantes” disse ao jornal americano.
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