
Ex-chefe do WhatsApp acusa Meta de expor dados de usuários
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 12:51
2 min de leituraFonte: Tecnoblog
Mark Zuckerberg teria ignorado denúncias de ex-executivo
• O ex-chefe de segurança do WhatsApp, Attaullah Baig, processou a Meta sob a alegação de ignorar falhas que expõem dados de usuários.
• Segundo Baig, 1.500 funcionários tinham acesso irrestrito a informações sensíveis, enquanto a Meta rejeitava propostas de reforço na segurança.
• O processo cita violações de um acordo de privacidade firmado em 2019; a empresa nega as acusações.
Attaullah Baig, ex-chefe de segurança do WhatsApp, entrou com uma ação judicial nessa segunda-feira (08/09) contra a Meta no tribunal federal da Califórnia. Ele acusa a big tech de ignorar graves falhas de segurança e privacidade no aplicativo. Isso teria colocado em risco os dados de bilhões de usuários ao redor do mundo.
No processo, Baig afirma que milhares de funcionários tinham acesso irrestrito a dados sensíveis dos usuários, como fotos de perfil e listas de contatos. Além disso, afirma que a empresa rejeitou suas propostas para corrigir os problemas. Em contrapartida, a Meta afirma que as alegações que demitiu Baig por mau desempenho.
A Meta adquiriu o WhatsApp em 2014 por US$ 19 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões, na cotação do período). A compra foi cercada pela promessa de manter a forte reputação de privacidade do app, baseada principalmente na criptografia de ponta a ponta. O novo processo se soma a uma série de denúncias de ex-funcionários contra a empresa de Mark Zuckerberg nos últimos anos.
O que diz o processo?
Attaullah Baig move processo contra a Meta (imagem: reprodução/Christopher Lee/The New York Times)
Baig ingressou no WhatsApp em janeiro de 2021. Segundo o processo, detalhado pelo New York Times, logo após a chegada, ele realizou um exercício de segurança interna. No teste, os funcionários simulavam invasões para encontrar vulnerabilidades.
O resultado teria indicado que cerca de 1.500 empregados do WhatsApp tinham acesso irrestrito a dados sensíveis dos usuários. Entre eles, fotos de perfil, localização, participação em grupos e listas de contatos.
Com isso, o ex-executivo afirma ter tentado várias vezes alertar seus superiores, incluindo o CEO Mark Zuckerberg, sobre as falhas. No processo, ele detalha que a Meta se recusou a implementar correções de segurança propostas pela própria equipe.
Entre as sugestões rejeitadas estava um recurso que exigia aprovação adicional para recuperação de contas e uma função para impedir o download de fotos de perfil de outros usuários.
O ex-diretor alega ainda que a empresa falhou em endereçar adequadamente o hacking de mais de 100 mil contas de usuários por dia. “Existem tantos danos que os usuários enfrentam”, disse Baig em entrevista. “Trata-se de responsabilizar a Meta e colocar os interesses dos usuários em primeiro lugar.”
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