
Meta: o Instagram mostra mais conteúdo nocivo a adolescentes vulneráveis
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 18:24
2 min de leituraMark Zuckerberg é fundador e CEO da Meta • Estudo interno da Meta revelou que o Instagram expõe adolescentes insatisfeitos com o corpo a conteúdos sobre aparência e distúrbios alimentares.
• Segundo a análise, esses jovens recebem até três vezes mais esse tipo de conteúdo, e as ferramentas automáticas deixam de detectar 98,5% do material.
• A Meta afirma ter reduzido em 50% a exibição de conteúdos com restrição etária para adolescentes desde julho.
Adolescentes que se sentem mal com o próprio corpo após usar o Instagram são expostos com muito mais frequência a conteúdos sobre distúrbios alimentares. É o que mostra um estudo interno da Meta, obtido pela Reuters e confirmado por um porta-voz da empresa.
Esses jovens veem cerca de três vezes mais publicações sobre corpo, dietas extremas e comparações físicas do que outros usuários. De acordo com a análise, os adolescentes mais afetados recebem um volume maior de postagens com temas considerados “maduros” — como sofrimento, comportamentos de risco e violência.
O que a pesquisa descobriu?
A Meta entrevistou 1.149 adolescentes ao longo do ano letivo de 2023-2024, analisando a frequência com que relataram se sentir mal com o corpo depois de usar o Instagram. Em seguida, os pesquisadores examinaram manualmente o conteúdo exibido para esses usuários durante três meses.
Entre os 223 jovens que disseram se sentir frequentemente insatisfeitos com a própria aparência após navegar na rede, 10,5% das publicações vistas eram relacionadas a transtornos alimentares ou à insatisfação corporal. Já entre os demais adolescentes, esse tipo de conteúdo representava apenas 3,3% do total.
No estudo, os autores escrevem que “adolescentes que relataram insatisfação corporal frequente após visualizar postagens no Instagram viram cerca de três vezes mais conteúdo focado no corpo/relacionado a transtornos alimentares do que outros adolescentes”.
Os pesquisadores também observaram que esses jovens tinham contato mais constante com conteúdos provocativos classificados pela própria Meta como “temas adultos”, “comportamentos de risco”, “sofrimento” e “crueldade”. No grupo afetado, essas categorias somavam 27% do feed, contra 13,6% entre os demais participantes.
Conteúdo sensível não é detectado no Instagram
Estudo revelou falhas nos sistemas de triagem do InstagramApesar das associações identificadas, o estudo não afirma que o Instagram causa insatisfação corporal diretamente. “Não é possível estabelecer a direção causal dessas descobertas”, escreveram os autores, reconhecendo a possibilidade de que adolescentes que já se sentem mal possam procurar mais esse tipo de conteúdo.
Fonte: Tecnoblog
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