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Ex-engenheiro da Tesla acusa Elon Musk de trair missão ecológica da empresa
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Ex-engenheiro da Tesla acusa Elon Musk de trair missão ecológica da empresa

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 10:00

2 min de leitura

Depois de oito anos na Tesla, o engenheiro Giorgio Balestrieri decidiu expor, em uma carta aberta no LinkedIn, as razões por trás de sua saída. A mensagem não foi apenas uma despedida: foi um ataque direto a Elon Musk, a quem ele acusa de “causar um enorme dano à missão da Tesla e à saúde das instituições democráticas”, e ainda acusou o executivo de apoiar negacionistas climáticos.

Como engenheiro de algoritmos, Balestrieri trabalhou no desenvolvimento do Autobidder, sistema de comércio de energia baseado em dados que ajuda empresas e consumidores a rentabilizar eletricidade vinda de painéis solares e baterias. Para ele, essa tecnologia poderia ser peça-chave na transição para redes de baixo carbono.

A acusação central

O ponto mais duro de sua crítica vai além de questões técnicas. Balestrieri afirma que Musk “mentiu ao público, manipulou discursos, atacou minorias e apoiou negacionistas do clima”. Na visão do engenheiro, o atual posicionamento político do CEO estaria alinhado a setores ligados a petróleo e gás, em contraste com a promessa verde que fez nascer a Tesla.

Essa guinada, diz ele, não apenas mina a credibilidade da empresa no setor de energia limpa, mas também compromete a confiança de quem acreditava no impacto positivo de trabalhar ali.

O contraste com o passado

Quando Musk criou a Tesla, em meados dos anos 2000, o discurso era claro: acelerar a transição para energias renováveis. O executivo chegou a se manifestar publicamente contra a saída dos EUA do Acordo de Paris em 2017, reforçando que “o aquecimento global é real”.

Mas, para críticos – e agora ex-funcionários –, esse compromisso foi enfraquecendo. O próprio Musk cultivou aproximações políticas ambíguas, como sua relação de proximidade e desavenças com Donald Trump, cujo governo desmontou políticas ambientais e favoreceu combustíveis fósseis.

Balestrieri afirmou que, com a “participação crescente e inexplicável” de Musk em decisões da companhia, não viu mais motivos para continuar. Ainda assim, desejou sorte aos colegas que permanecem na Tesla e Tesla Energy, reiterando fé em quem segue lutando pela transição energética sustentável.

As declarações somam-se a críticas recentes de analistas e investidores que questionam se a Tesla ainda mantém o mesmo propósito ambiental que um dia a fez disruptiva. Mais do que um caso isolado, o episódio reacende o debate sobre até que ponto a imagem pública e política de Elon Musk pode afetar não apenas a Tesla, mas toda a percepção pública sobre veículos elétricos e energia limpa.

Fonte: Hardware.com.br – Notícias

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