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Existem cães míopes? Como é feito o diagnóstico?
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Existem cães míopes? Como é feito o diagnóstico?

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 12:00

2 min de leitura

Sim, mas isso não é um problema para eles.

Na verdade, comparado com os humanos, todos os cães são um pouco míopes, já que enxergam com menos nitidez de longe. Por outro lado, eles conseguem ver melhor em ambientes com pouca luz e têm uma maior percepção de objetos em movimento – características típicas de um predador.

Mesmo assim, há variações individuais de cão para cão, e alguns podem ser mais míopes que os outros dependendo do formato do olho (a miopia ocorre quando a imagem é formada antes da retina). O mesmo acontece com gatos, cavalos e outros animais. Tutores podem perceber a má visão quando seus pets não enxergam bem seus brinquedos de longe ou não reconhecem pessoas conhecidas à distância.

Em teoria, os testes para medir o grau do problema são os mesmos usados em humanos, como a retinoscopia, mas eles não são utilizados em animais para diagnósticos individuais. Esses métodos, porém, podem ser aplicados em alguns estudos epidemiológicos – um artigo, por exemplo, descobriu que o poodle é uma raça especialmente míope, com 77% dos indivíduos tendo um grau alto de desfoque.

Também não há tratamento. “Diferente dos humanos, que precisam da visão principalmente para a leitura, os animais se adaptam muito bem com a perda visual”, explica Kelly Pontes, oftalmologista veterinária e doutora pela Universidade Federal de Viçosa. Por mais fofo que a ideia possa parecer, cachorros e gatos não precisam de óculos.

Isso não significa, porém, que uma eventual perda visual dos bichinhos possa ser totalmente ignorada, segundo a especialista. Outras condições podem causar problemas na visão dos pets, como glaucoma, lesões na córnea e insuficiência lacrimal, e esses diagnósticos precisam ser descartados em exames veterinários.

Fontes: Kelly Pontes, oftalmologista veterinária e doutora pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e artigo “Vision in the Animal Kingdom”, de Ron Ofri

Fonte: Superinteressante

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