
Google critica a União Europeia e diz que DMA trava inovação e encarece serviços
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 09:13
2 min de leituraGoogle subiu o tom contra a União Europeia. Dias depois de a Apple publicar um ataque duro ao Digital Markets Act (DMA), a nova lei criada para enquadrar as Big Techs, a gigante das buscas ecoou as críticas e pediu uma espécie de “reinício” da regulamentação. Assim como a rival de Cupertino, o Google afirma que a norma — em vez de ampliar escolhas e melhorar o mercado digital — tem causado efeitos colaterais que penalizam tanto empresas quanto consumidores.
Big Techs na mira do DMA
O DMA foi criado pela União Europeia para conter o poder dos chamados “gatekeepers”, as plataformas que concentram usuários e mercados. Com ele, a UE pretende forçar condições mais justas de concorrência, limitar práticas abusivas e oferecer alternativas reais de escolha ao consumidor.
Na prática, porém, Google e Apple dizem enxergar o oposto. Para a Apple, o resultado é um nivelamento que reduz a diferenciação de serviços e pode até comprometer a experiência do iOS. Já o Google sustenta que, no turismo, por exemplo, novos mecanismos obrigam o buscador a priorizar intermediários, como portais e agências online, em vez de conectar o usuário diretamente a hotéis ou companhias aéreas. O desfecho, segundo a empresa, são preços mais altos e um caminho mais longo até a reserva.
Inovação em marcha lenta
Outra crítica central é o impacto sobre o desenvolvimento tecnológico. O Google afirma que, assim como a Apple, foi obrigado a adiar em um ano o lançamento de novas funções de inteligência artificial no mercado europeu por falta de clareza nas regras. A companhia também reclama de uma burocracia que considera excessiva e de regulamentos que nunca passaram por testes práticos antes de serem impostos.
“O objetivo deveria ser ampliar a inovação, não travá-la”, argumenta a empresa.
Ajustes feitos – mas com ressalvas
Apesar das críticas, o Google faz questão de destacar os esforços para se adaptar. A lista inclui novas ferramentas de portabilidade de dados, oportunidades extras para desenvolvedores e ajustes em produtos que atendem às exigências locais. O problema, segundo a companhia, é a falta de coerência: normas nacionais, disputas em tribunais e interpretações diferentes acabam fragmentando um mercado que, no papel, deveria estar unificado.
“Se a meta é criar regras harmonizadas, estamos caminhando na direção contrária”, diz a empresa, que cobra da Comissão Europeia uma revisão do DMA.
Bruxelas dá a resposta
A União Europeia, por sua vez, já deixou claro o caminho: não haverá recuo. Em resposta às críticas da Apple — que também valem para o Google —, a Comissão afirmou que o Digital Markets Act é uma lei definitiva e que eventuais riscos de segurança devem ser resolvidos pelas próprias gigantes de tecnologia.
Fonte: Hardware.com.br
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