
Humanos e abelhas compartilham os mesmos genes para a vida social
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 19:00
2 min de leituraMuitas comparações podem ser traçadas entre abelhas e humanos: há quem ressalte como são organizadas, resilientes ou trabalhadoras. Agora, um novo estudo aponta que a analogia pode ir bem mais fundo – até o nível genético e molecular.
O estudo foi publicado hoje na revista científica PLOS Biology e aponta que alguns mecanismos genéticos responsáveis pelo comportamento social das abelhas são os mesmos encontrados em humanos.
Em espécies sociais – como humanos, elefantes e formigas –, a sociabilidade naturalmente varia entre os indivíduos. Alguns são altamente sociais, bem conectados com parceiros, e outros preferem menos interação. Muitas coisas podem explicar isso: status social, experiências anteriores, humor e genética.
Mas essa parte de como os mecanismos genéticos e moleculares podem alterar a sociabilidade ainda é pouco compreendida. O novo estudo parece ter encontrado uma resposta (ou, pelo menos, o começo dela).
A sociabilidade é uma característica complexa, controlada por muitos genes, mas essas características genômicas compartilhadas sugerem que existem blocos moleculares antigos da vida social que foram conservados ao longo de milhões de anos de evolução.
Os pesquisadores usaram uma combinação de sequenciamento do genoma, análise da expressão gênica do cérebro e observações comportamentais para investigar os mecanismos genéticos subjacentes à variação no comportamento social das abelhas-europeias (Apis mellifera).
“Os insetos sociais são ideais para o rastreamento comportamental de toda a colônia, e a tecnologia que temos é suficiente para monitorar o que cada abelha está fazendo durante a maior parte de sua vida”, afirma o pesquisador e primeiro autor do artigo Ian Traniello, em comunicado.
A análise revelou 18 variantes genéticas associadas à tendência de trofalaxia – um comportamento social de compartilhar líquidos nutritivos com companheiros de colmeia.
Segundo os autores, várias dessas variantes estavam localizadas em dois genes, neuroligina-2 e nmdar2, que compartilham uma sequência semelhante a genes que já foram associados ao transtorno do espectro autista em humanos.
Fonte: Superinteressante
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