Ícone da robótica recomenda: não se aproxime dos humanoides atuais
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 11:23
2 min de leituraRodney Brooks afirma que ninguém deveria chegar perto de robôs humanoides • Rodney Brooks, professor emérito do MIT e cofudandor da iRobot, alerta que robôs humanoides atuais ainda não são seguros.
• Ele cita o risco de falhas de software e problemas de equilíbrio, que podem causar acidentes.
• Brooks prevê robôs úteis em fábricas e na saúde, mas com rodas e sensores especializados, sem a aparência dos humanoides atuais.
Conviver lado a lado com robôs humanoides pode parecer um cenário próximo, mas, para Rodney Brooks, ainda é algo distante — e perigoso. O professor emérito do MIT, que ajudou a fundar a Rethink Robotics e a iRobot (criadora do Roomba, robô aspirador), publicou um texto no qual afirma que ninguém deveria chegar a menos de três metros das atuais máquinas bípedes.
Segundo Brooks, o risco não está apenas em falhas de software, mas na forma como esses robôs se equilibram e caminham. O processo exige grande quantidade de energia cinética, o que torna qualquer queda ou movimento brusco potencialmente capaz de causar ferimentos graves em pessoas próximas.
O especialista sustenta que, até que surjam mecanismos mais seguros, os humanoides não terão condições de serem certificados para atuar em ambientes compartilhados com humanos.
Por que manter distância dos robôs humanoides?
Rodney Brooks é o criador do Baxter, robô industrial lançado em 2012O pesquisador lembra que, ao dobrar o tamanho de um robô, sua massa cresce oito vezes — e, consequentemente, a energia liberada em caso de queda é muito maior. Brooks chegou a relatar uma experiência pessoal na qual ficou “perto demais” de um robô da Agility Robotics quando ele caiu. Desde então, evita estar próximo a humanoides em movimento.
Além da segurança, o especialista questiona outro ponto central do desenvolvimento dessas máquinas: a crença de que elas alcançarão destreza apenas ao observar vídeos de pessoas realizando tarefas. Empresas como Tesla e Figure apostam nesse método, mas, segundo Brooks, tal abordagem ignora a complexidade do tato humano — sistema que envolve milhares de sensores nos dedos e múltiplos tipos de neurônios sensoriais.
E os humanoides no futuro?
Robôs humanoides ainda não estão prontos para conviver com humanosEnquanto executivos como Elon Musk defendem que seus robôs poderão movimentar trilhões de dólares no mercado, Brooks ressalta que a realidade física é bem menos flexível que o software.
Fonte: Tecnoblog
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