
Ilha em formato de baleia no Caribe esconde um dos buracos mais profundos do planeta
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 12:00
2 min de leituraNa costa leste de Belize, no mar do Caribe, uma mancha se estende pelo oceano. Ela é tão grande que pode ser vista do espaço – foi de lá que um membro da tripulação da Expedição 62, da Nasa, tirou a foto que você viu acima. E você deve ter reparado: a mancha chama atenção pelo formato, que lembra o de uma baleia.
Este é o Recife Lighthouse, um atol de 42 quilômetros de extensão. Isso significa que a maior parte de sua superfície está submersa, sob águas rasas de entre 2 e 6 metros de profundidade. Nenhum humano mora lá, mas cerca de 10 mil turistas a visitam por ano para mergulhar no mar turquesa, cheio de corais.
Uma porção da ilha está acima do nível da água e é chamada Half Moon Caye – fica ali na região da corcunda nas costas da baleia. A ilha abriga pássaros, coqueiros, crocodilos, tartarugas-marinhos, lagartos e diversas espécies ameaçadas de extinção.
Além do cenário paradisíaco, o atol também é conhecido por esconder um segredo muito profundo.
No centro da superfície arenosa, está um “grande buraco azul” – o nome oficial de algumas estruturas de sumidouros oceânicos. Os 124 metros de profundidade da formação de Belize o tornam um dos buracos mais profundos da Terra. E só recentemente ele foi devidamente explorado.
O buraco se ramifica em um sistema de cavernas que se parecem com as que conhecemos na superfície, com estalagmites e estalactites. Essas estruturas são formadas pela precipitação de minerais e água no solo e indicam que, um dia, tudo ali já foi seco. Não faz tanto tempo assim: o Grande Buraco Azul de Belize deve ter se enchido de água há 10 mil anos, quando o nível do mar subiu após o fim da última era glacial.
A formação ganhou fama na década de 1970, quando o explorador francês Jacques Cousteau visitou o atol e começou a mapear suas profundezas. Cousteau mais tarde descreveu o buraco como um dos seus “cinco melhores locais de mergulho do mundo”.
A experiência é reservada para mergulhadores profissionais certificados, já que a profundidade pode transformar a aventura em uma armadilha mortal. Conforme se vai mais fundo, a pressão da água pode dificultar o retorno à superfície. Ainda é preciso levar em conta conflitos com a fauna e o risco de se perder em labirintos de cavernas submersas.
Mais de 40 anos depois da expedição de Cousteau, seu neto Fabien se juntou ao bilionário britânico Richard Branson para uma expedição submarina para explorar o Great Blue Hole e criaram o primeiro mapa 3D da estrutura.
Fonte: Superinteressante
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O texto abaixo foi escrito por Daniel Galvão Carnier Fragoso (PETROBRAS e UFMG) e Matheus Kuchenbecker (UFVJM). Leia outros textos do blog Deriva Continental aqui
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