Judas: quais são as semelhanças e diferenças entre o novo jogo e o BioShock?

O aguardado Judas, novo projeto do renomado designer Ken Levine, promete revolucionar a experiência narrativa dos jogos ao implementar um sistema onde vilões podem se tornar aliados e vice-versa. O criador de sucessos como BioShock e System Shock 2 detalhou em entrevista recente como seu novo título oferecerá uma abordagem completamente diferente para a interação com personagens.

Em conversa com o YouTuber MrMattyPlays, Levine explicou que, embora Judas mantenha alguns elementos familiares de seus trabalhos anteriores, como o sistema de combate dual (arma em uma mão e poderes na outra), o jogo representará sua maior mudança criativa desde BioShock.

“Existem partes de Judas que são semelhantes a BioShock, mas há aspectos radicalmente diferentes. A forma como o jogo funciona, como é populado, e principalmente como você escolhe entre relacionamentos são elementos que nunca fizemos antes”, explicou Levine, destacando que a entrega da narrativa seguirá um caminho inédito em sua carreira.

O designer também posicionou Judas em termos de complexidade: “O jogo está em algum lugar entre BioShock e o primeiro System Shock em termos de profundidade. É um título maior e mais complexo, mas que expande algo que começamos em BioShock Infinite – como construir relacionamentos com personagens que pareçam mais granulares do que normalmente vemos nos jogos”.

Sistema de Vilania: suas escolhas definem seus inimigos

O grande diferencial de Judas está em seu inovador sistema de Vilania, detalhado recentemente pela Ghost Story Games em seu primeiro dev log no Steam. Ao contrário de títulos anteriores onde vilões eram predeterminados, o novo jogo permite que as ações do jogador atraiam membros do “Grande 3” como amigos.

“Quando você joga BioShock ou BioShock Infinite, o vilão sempre será o vilão. Fontaine, Comstock — eles sempre serão os caras maus. Em Judas, suas ações atrairão membros do Grande 3 como amigos. Mas ignore um deles o suficiente, e eles se tornam o VILÃO”, explica o estúdio.

A partir desse ponto, esses antagonistas criados por suas escolhas ganharão novos conjuntos de poderes específicos para subverter as ações e objetivos do jogador, criando uma experiência muito mais dinâmica e personalizada.

O conceito de “LEGOs narrativos”, que Levine começou a discutir há cerca de dez anos, finalmente está ganhando forma concreta em Judas. Após ser anunciado no The Game Awards 2022 como o primeiro projeto da Ghost Story Games, o jogo permaneceu relativamente misterioso até março de 2024, quando Levine compartilhou mais detalhes em uma entrevista de 75 minutos com Geoff Keighley e Ryan McCaffrey.

Embora Judas ainda não tenha uma data de lançamento oficial, o CEO da Take-Two Interactive, Strauss Zelnick, incluiu o título no lineup da empresa para 2026, oferecendo aos fãs uma janela aproximada de quando poderão experimentar essa evolução no design narrativo de jogos.

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Fonte: Hardware.com.br