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Microsoft quer construir o maior data center do mundo
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Microsoft quer construir o maior data center do mundo

Publicado em 20 de setembro de 2025 às 09:19

2 min de leitura

A Microsoft vai levantar no Wisconsin aquele que promete ser o maior datacenter do mundo. A gigante de Redmond anunciou que a instalação, batizada de Fairwater, terá poder de processamento sem precedentes — com centenas de milhares de chips NVIDIA de última geração e desempenho dez vezes superior ao do supercomputador mais veloz existente hoje. O investimento soma US$ 4 bilhões e marca um capítulo simbólico para a região, antes palco da fracassada promessa da Foxconn.

O terreno escolhido para o megaprojeto é o mesmo onde deveria ter sido construída a fábrica da Foxconn, que chegou a ser anunciada como a “Silicon Valley do Meio-Oeste americano”, mas terminou reduzida a apenas algumas centenas de empregos entregues. Brad Smith, presidente da Microsoft e natural do Wisconsin, destacou o caráter de redenção do projeto: “Este campus mostra que o estado não vive apenas do orgulho industrial do passado, mas também pode liderar a inovação americana do futuro”.

Escala sem precedentes

O Fairwater Data Center impressiona pelos números:

• Mais de 3.000 trabalhadores envolvidos na construção.

• 800 funcionários em tempo integral após a inauguração.

• Cabos de fibra ótica suficientes para dar quatro voltas e meia na Terra.

• Uma central de refrigeração que é a segunda maior do planeta, com 172 ventiladores industriais de 6 metros.

Energia e sustentabilidade em debate

Para reduzir seu impacto hídrico, mais de 90% do resfriamento usará um sistema de circuito fechado, que consome água equivalente ao gasto anual de um restaurante comum nos EUA. Outro ponto-chave é a energia: um parque solar de 250 MW está em construção para compensar integralmente o uso de combustíveis fósseis.

Ainda assim, o megaprojeto levanta alertas. O grupo ambientalista Clean Wisconsin aponta que, somado ao campus vizinho da Vantage, o consumo energético pode superar o necessário para abastecer mais de 4,3 milhões de residências — número maior do que todas as residências do próprio estado.

O desafio da próxima década

A Microsoft vende o Fairwater como um exemplo de inovação sustentável. Críticos, porém, lembram que ele será um dos maiores experimentos já feitos em consumo energético da era da inteligência artificial. A grande questão agora é se o Wisconsin se tornará o retrato do novo equilíbrio entre a expansão digital e os limites do planeta — ou mais um capítulo de promessas tecnológicas que não se cumprem.

Fonte: Hardware.com.br

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