
Nasa vai se despedir da Estação Espacial Internacional em 2030, abrindo caminho para nova era de estações espaciais privadas
Publicado em 30 de setembro de 2025 às 12:00
2 min de leituraJohn M. Horack é professor de Engenharia Mecânica e Aerospacial da The Ohio State University. Este texto foi republicado do site The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo original.
Desde novembro de 2000, 24 horas por dia, sete dias por semana, a Nasa e seus parceiros internacionais mantêm uma presença humana contínua na baixa órbita da Terra, incluindo pelo menos um americano – uma sequência que em breve chegará a 25 anos.
Quando vista na história dos voos espaciais, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é talvez uma das realizações mais incríveis da Humanidade, um exemplo brilhante de cooperação espacial entre os Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão e Rússia. Mas todas as coisas boas têm um fim.
Em 2030, a Estação Espacial Internacional será retirada de órbita, em uma queda controlada em uma área remota do Oceano Pacífico.
Sou um engenheiro aeroespacial que ajudou a construir uma série de equipamentos e experimentos para a ISS. Como membro da comunidade espacial há mais de 30 anos e integrante da comunidade da Nasa há 17 anos, será difícil para mim ver o fim da ISS.
Desde que as primeiras peças da Estação Espacial Internacional foram lançadas em 1998, a ISS tem sido o lar de importantes realizações em pesquisas em campos que incluem ciência de materiais, biotecnologia, astronomia e astrofísica, ciências da Terra, combustão e muito mais.
O trabalho dos astronautas que realizam pesquisas dentro da estação espacial e os experimentos de carga útil acoplados ao exterior da ISS geraram muitas publicações em revistas científicas revisadas por pares. Algumas delas avançaram nossa compreensão sobre tempestades elétricas, levaram a melhorias nos processos de cristalização de medicamentos essenciais no combate ao câncer, detalharam como cultivar retinas artificiais no espaço, exploraram o processamento de fibras ópticas ultrapuras e explicaram como sequenciar o DNA em órbita.
No total, mais de 4.000 experimentos foram realizados a bordo da ISS, resultando em mais de 4.400 artigos científicos dedicados a promover e melhorar a vida na Terra e ajudar a abrir caminho para futuras atividades de exploração espacial.
A ISS comprovou o valor de realizar pesquisas no ambiente único dos voos espaciais — que apresentam gravidade muito baixa, vácuo, ciclos de temperatura extremos e radiação — para avançar a compreensão dos cientistas sobre uma ampla gama de importantes processos físicos, químicos e biológicos.
Mantendo uma presença em órbita
Mas, após a aposentadoria da estação, a Nasa e seus parceiros internacionais não estão abandonando a ideia de ter um posto avançado na baixa órbita da Terra. Em vez disso, eles estão procurando alternativas para continuar aproveitando o potencial da baixa órbita da Terra como um laboratório de pesquisa único e para estender a presença humana contínua de 25 anos a cerca de 402 quilômetros acima da superfície da Terra.
Fonte: Superinteressante
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João Lucas da Silva é doutorando em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Pampa. O texto a seguir foi publicado originalmente na Revista Questão de Ciência.
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