
Amazon e OpenAI firmam acordo de US$ 38 bilhões para infraestrutura de nuvem
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 14:33
3 min de leituraA OpenAI e a Amazon Web Services (AWS) anunciaram nesta segunda-feira (3) um acordo histórico de sete anos, avaliado em US$ 38 bilhões, para infraestrutura de nuvem massiva.
O contrato, considerado o maior da história da inteligência artificial, marca uma nova era na corrida global por poder computacional e rompe a exclusividade da OpenAI com a Microsoft.
A maior aliança de IA da história
O acordo garante à OpenAI centenas de milhares de GPUs Nvidia GB200 e GB300, integradas à infraestrutura Amazon EC2 UltraServers.
A capacidade plena será atingida até o final de 2026, com expansão contínua até 2027, quando a AWS espera atingir dezenas de milhões de CPUs voltadas ao treinamento e inferência de modelos de IA de próxima geração — incluindo ChatGPT e futuros sistemas autônomos.
Segundo o CEO Sam Altman, o investimento faz parte de um plano ainda mais ambicioso:
“Nosso objetivo é construir a infraestrutura global necessária para sustentar a era da inteligência artificial. Estamos investindo até US$ 1,4 trilhão para gerar 30 gigawatts de energia — o suficiente para alimentar 25 milhões de lares nos Estados Unidos.”
Fim da exclusividade com a Microsoft
O acordo vem dias após a aprovação regulatória da transformação da OpenAI em uma Public Benefit Corporation (PBC), entidade comercial híbrida que mantém objetivos sociais, mas permite flexibilidade financeira e autonomia estratégica.
Com isso, a Microsoft, que detém 27% de participação na OpenAI após investir US$ 13 bilhões desde 2019, perdeu o direito de exclusividade em infraestrutura de nuvem.
Agora, a OpenAI poderá distribuir suas operações entre diversos provedores, incluindo:
- Amazon Web Services (AWS)
- Google Cloud Platform (GCP)
- Oracle Cloud
- CoreWeave
“A parceria com a Amazon demonstra o novo ciclo da OpenAI: um ecossistema aberto, competitivo e independente”, destacou William R. Plaza, analista do Hardware.com.br.
Impacto imediato no mercado
A reação em Wall Street foi instantânea:
- 📈 Ações da Amazon subiram 6%, adicionando US$ 140 bilhões à sua capitalização de mercado.
- 💹 Nvidia teve alta de 3%, impulsionada pela demanda adicional por GPUs de alto desempenho.
- 💼 O contrato também reabilita a imagem da AWS, que vinha sendo criticada por suposta lentidão na corrida da IA frente à Microsoft Azure e ao Google Cloud.
O CEO da Amazon, Andy Jassy, chamou o acordo de “um marco de confiança” e reforçou que a AWS possui “expertise incomum em executar cargas de IA em escala global, com segurança, eficiência e confiabilidade”.
A infraestrutura da nova era
A arquitetura que será construída pela AWS incluirá:
- ⚙️ Clusters UltraServer EC2, com GPUs Nvidia interconectadas via NVLink;
- 🔋 Escalabilidade energética sob demanda, para cargas variáveis de treinamento;
- 🔒 Sistemas redundantes de segurança e isolamento de dados corporativos;
- 🧠 Suporte a workloads de modelos autônomos e agentes de IA em tempo real.
A OpenAI já começou a migrar parte de suas operações para a AWS, com plena integração esperada até o fim de 2026.
Com isso, a empresa garante resiliência, redundância e capacidade de escalar modelos de IA de fronteira, como o sucessor do GPT-5, já em fase inicial de testes internos.
Corrida por poder computacional
O movimento reforça que a “corrida dos chips” se tornou o novo campo de batalha das Big Techs.
Com demanda quase infinita por GPUs, as empresas travam disputas contratuais bilionárias por cada unidade de processamento gráfico disponível.
Segundo analistas da Bloomberg Intelligence, o setor de infraestrutura de IA deve movimentar mais de US$ 400 bilhões anuais até 2030.
Resumo do Acordo
| Aspecto | Detalhes |
|---|---|
| Valor total | US$ 38 bilhões |
| Duração | 7 anos (2025–2032) |
| Fornecedora principal | Amazon Web Services |
| Tecnologia central | Nvidia GB200/GB300, EC2 UltraServers |
| Expansão completa | Final de 2026 |
| Participação Microsoft | 27% (sem exclusividade) |
O pacto entre OpenAI e AWS não apenas redefine o equilíbrio de forças entre as gigantes da tecnologia, mas inaugura a era da infraestrutura distribuída de IA — onde a velocidade de escalar modelos se tornará tão importante quanto a própria inovação algorítmica.
Fonte: Hardware.com.br
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