Político americano aponta games como um dos fatores para a violência com armas nos EUA

O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr. sugeriu que videogames podem estar entre as causas da crescente violência armada no país.

Durante o lançamento do relatório “Make America Healthy Again” (MAHA), Kennedy destacou uma “explosão” de atos violentos com armas de fogo desde os anos 1990, mencionando que a raiz do problema pode estar em vários fatores, incluindo o uso excessivo de medicamentos psiquiátricos, redes sociais e, sim, videogames. Contudo, ele não apresentou evidências concretas para sustentar essa tese, abrindo espaço para críticas de especialistas e cientistas.

“Há muitas, muitas coisas que podem explicar isso. Uma delas é a dependência de medicamentos psiquiátricos, que em nosso país é diferente de qualquer outro do mundo. Poderia haver conexões com videogames, com redes sociais, ou várias outras coisas, e estamos olhando isso no NIH (National Institutes of Health), declarou Kennedy Jr.

 O que diz a ciência?

A ideia de que jogos violentos levam diretamente a crimes armados é antiga e bastante debatida. Estudos relevantes, como os da American Psychological Association (APA), não encontraram uma conexão direta entre videogames e tiroteios em massa.

Uma análise gigantesca de notícias sobre massacres nos EUA revelou que jogos são citados como culpados mais frequentemente em casos envolvendo agressores brancos, talvez como uma distração da discussão sobre fatores mais profundos. Também pesquisas conduzidas por universidades de prestígio mostraram que a exposição a jogos violentos não aumenta necessariamente comportamentos agressivos perigosos.

Por outro lado, a Dra. Netta Weinstein, coatoura de um estudo sobre o tema, diz que descobertas sugerem que vieses de pesquisadores podem ter influenciado estudos anteriores sobre esse tópico e distorcido a compreensão dos efeitos dos videogames.

Fonte: Hardware.com.br – Notícias