
PRÉVIA | Call of Duty: Black Ops 7 é um déjà-vu com nova pulsação
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 14:25
3 min de leituraO público aprendeu a esperar pouco. Ano após ano, Call of Duty se repete com pequenas variações, tentando ser novo sem deixar de ser seguro. Em 2024, Black Ops 6 cumpriu o mínimo e parou ali; sólido, eficiente, previsível. Um jogo que funcionava, mas sem alma própria.
Enquanto isso, Battlefield 6 crescia à sombra, e chegou vendendo o que parece faltar no concorrente: ousadia, inovação, guerra de verdade sem skins mirabolantes, improviso, caos, terreno instável.
A franquia de guerra da Activision já tentou se reinventar algumas vezes, é verdade. Mas quando pulou para o futuro em Advanced Warfare e Infinite Warfare, o salto foi longe demais. Armaduras, propulsões, granadas inteligentes…
Parte da comunidade recuou, saudosa do peso das botas no chão e das balas com cheiro de pólvora. Desde então, a série caminha entre nostalgia e exaustão, prisioneira do próprio sucesso. E isso parece acontecer mais uma vez.
Entro nesse novo capítulo com tudo isso na cabeça. Os acertos, os tropeços, a lembrança do que já foi e da soberba de executivos que afirmam que a franquia é grande demais para falhar… A tela acende e o som invade o quarto. Quero acreditar que há algo diferente aqui, mesmo que dure pouco.
O respiro do open playlist
O “open playlist” é, por enquanto, o ponto mais comentado do beta de Black Ops 7. Ele suspende o matchmaking tradicional, o sistema de desempenho que há anos dita quem joga contra quem. Agora, a busca é mais livre e prioriza conexão e tempo de espera, não só o histórico do jogador.
O resultado é uma estranheza boa. As partidas voltam a parecer mais imprevisíveis. Há desequilíbrio acontecendo sim, mas também um pouco de fôlego novo. Um jogo começa fácil, o seguinte vira massacre, e isso já basta para lembrar como o acaso também faz parte da diversão. É difícil dizer ainda se no longo prazo isso será benéfico, mas eu gostei.
O equilíbrio demais mata o instinto. É no erro que o jogo lembra que ainda é humano
Divulgação/Activision
Dentro do open playlist, três listas se dividem entre o conhecido e o experimental. O Mosh Pit traz os modos clássicos (Team Deathmatch, Domination, Hardpoint, Kill Confirmed) ainda servindo como espinha dorsal da experiência. O Mosh Pit Extremo acelera tudo, reduz HUD e assistência, criando uma leitura mais crua das trocas.
Já o Overload (Sobrecarga, em português), novo modo do beta, mistura captura e transporte: um único dispositivo precisa ser levado até a zona inimiga para sobrecarregá-la. Ele muda de dono o tempo todo, gerando maior movimentação no mapa.
O desequilíbrio é o que devolve o risco. O matchmaking perfeito, que prometia justiça, acabou domesticando a experiência. Ninguém ganhava demais, ninguém perdia feio, e com o tempo, ninguém sentia nada, ficava no piloto automático.
Sinto que o open playlist devolve o erro, o improviso, a chance de ser surpreendido. É o tipo de instabilidade que lembra o motivo de jogar, a sensação de que algo novo ainda pode acontecer a cada partida.
Movimento: slide que puxa, parede que empurra
Fonte: Adrenaline
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