
Quem é László Krasznahorkai, escritor húngaro que ganhou o Nobel de Literatura
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 19:00
2 min de leituraLászló Krasznahorkai é o mais novo escritor a entrar no seleto rol de autores reconhecidos pela Academia Sueca com o Prêmio Nobel de Literatura. O romancista húngaro de 71 anos recebeu a honra “por sua obra envolvente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”.
O Nobel é concedido pela obra completa de um artista, não por um único livro ou projeto literário. No caso de Krasznahorkai – se seu húngaro estiver enferrujado, o nome se pronuncia “crasnarrórcai” –, a obra inclui alguns contos e ensaios, roteiros de filme em parceria com o cineasta conterrâneo (e de nome muito mais simples) Béla Tarr e, especialmente, seus romances densos e melancólicos.
Entre seus livros, o carro-chefe é Sátántangó, sua única obra em português (até agora), traduzida por Paulo Schiller e publicada pela Companhia das Letras. “O Tango de Satanás” é seu romance de estreia, publicado em 1985, e é escrito de múltiplas perspectivas e estruturado como um tango, com seis passos – ou capítulos – para frente e seis para trás. Seu primeiro livro já dá o tom de sua obra, que explora a alienação com frases longas e estruturas experimentais.
A última vez que um húngaro ganhou o Nobel foi em 2002, quando o autor Imre Kertész, um sobrevivente do Holocausto, foi premiado também na categoria de Literatura. O principal prêmio literário do mundo paga 11 milhões de coroas suecas (pouco mais de R$ 6 milhões) para os vencedores. Os autores laureados com o Nobel são escolhidos por um comitê de seis pessoas, geralmente escritores da Suécia.
Mais livros em português pela frente
Krasznahorkai nasceu em Gyula, na Hungria, em 1954, numa família judia de classe média. Seu pai escondeu a herança judaica do garoto até os 11 anos. Antes de estudar literatura e se dedicar a ela como escritor, ele cursou Direito, mas desde que saiu da universidade, em 1983, o laureado com o Nobel trabalhou como escritor freelancer.
Sua primeira viagem para fora da Hungria comunista aconteceu em 1987, e desde então ele viveu em vários cantos do mundo, especialmente na Ásia, continente que inspiraria livros futuros. Hoje, ele mora recluso nas colinas de Szentlászló, na Hungria, e já ganhou outros prêmios literários, como o Booker Internacional pelo conjunto da sua obra em 2015.
Fonte: Superinteressante
Leia também
- A cena que transformou “De Volta Para o Futuro” em clássico imortal

Aos 19 minutos de projeção, “De Volta Para o Futuro” (1985) deixa de ser apenas mais uma comédia adolescente dos anos 80 e se transforma automaticamente em fenômeno cultural atemporal. A sequência do estacionamento do Twin Pines Mall, onde Doc Brown (Christopher Lloyd) revela o DeLorean pela primeira vez a Marty McFly…
💬 0 - Pérolas do streaming: o que assistir na HBO Max, na Netflix e na Apple TV+ em outubro

The Paper (2025)
💬 0 - PS5 recebe recurso que vai facilitar a vida dos usuários

O PS5 recebeu um novo update de sistema que adiciona uma funcionalidade bastante prática para os usuários do console. A Sony implementou a opção de verificar facilmente o número de série tanto do console quanto do controle DualSense diretamente pela interface do sistema.
💬 0