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Robôs microscópicos do tamanho de um grão de sal prometem revolucionar medicina e manufatura
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Robôs microscópicos do tamanho de um grão de sal prometem revolucionar medicina e manufatura

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 11:36

2 min de leitura

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Michigan desenvolveram os menores robôs microscópicos autônomos e programáveis do mundo.

Com dimensões inferiores às de um grão de sal, essas máquinas microscópicas utilizam energia solar e um sistema de propulsão inovador para se moverem. O projeto quer transformar áreas como a medicina e a manufatura de microescala, com um custo de produção estimado em apenas um centavo de dólar por unidade.

O trabalho colaborativo dividiu responsabilidades vitais: a equipe da Penn Engineering projetou a estrutura física e o sistema de locomoção, enquanto os cientistas de Michigan forneceram a inteligência das máquinas.

O laboratório de Michigan, inclusive, detém o recorde de criação do menor computador do mundo, expertise aplicada diretamente neste novo avanço de hardware.

Engenharia invisível a olho nu

Os robôs medem aproximadamente 200 x 300 x 50 micrômetros. Devido a essa escala diminuta, comparável à de microrganismos biológicos, as leis da física atuam de forma diferente sobre eles. A viscosidade dos fluidos, por exemplo, torna-se um obstáculo muito maior do que para objetos em escala humana.

Reprodução/Marc Miskin

Para superar isso, os engenheiros criaram um sistema de propulsão iônica. Em vez de usarem peças móveis como braços ou engrenagens, que seriam frágeis e complexas de fabricar, os robôs geram um campo elétrico.

O campo empurra íons na solução ao redor, permitindo que o dispositivo “nade”. A ausência de partes mecânicas móveis aumenta significativamente a durabilidade do equipamento, que pode até ser manuseado com micropipetas sem sofrer danos.

Reprodução/Lucas Hanson e William Reinhardt – Universidade de Pensilvânia

Inteligência e comunicação solar

Para serem considerados autônomos, esses dispositivos precisam de processamento interno. É aqui que entra a tecnologia da Universidade de Michigan.

Os robôs são equipados com processador, memória e sensores onboard. A programação é feita através de pulsos de luz, aproveitando as células solares que cobrem a maior parte do corpo do robô.

Como o sistema opera com apenas 75 nanoWatts de potência, a eficiência é primordial . Para extrair os dados coletados pelos sensores, os cientistas programaram os robôs para realizarem uma espécie de “dança”, inspirada no comportamento das abelhas.

Os movimentos físicos do robô transmitem as informações processadas, eliminando a necessidade de transmissores de rádio que consumiriam muita energia.

Fonte: Adrenaline

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