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Se o Game Pass é tão lucrativo, então qual o motivo para o aumento de preço?
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Se o Game Pass é tão lucrativo, então qual o motivo para o aumento de preço?

Publicado em 2 de outubro de 2025 às 11:09

3 min de leitura

Ah, o Xbox Game Pass… Esse serviço que transformou o mundo dos games em uma festa infinita de títulos por uma assinatura mensal acessível. Desde que estreou em 1º de junho de 2017, ele tem sido o sonho de consumo de gamers: centenas de jogos, incluindo lançamentos no dia um, tudo por um preço que, até então, parecia bastante justo. Até então.

Mas aí vem a pergunta que não quer calar, especialmente depois do anúncio bombástico de ontem: se o negócio tá rendendo tanto, por que diabos a Microsoft resolveu dar um salto tão grande de preço no serviço, especialmente no Ultimate (que aqui no Brasil pulou para R$120)?

A lucratividade que todo mundo questiona

Desde o início, o Game Pass gerou um burburinho: como uma gigante como a Microsoft, com bolsos cheios de bilhões, consegue bancar um catálogo gigante sem quebrar? Com aquisições monstruosas como a Bethesda (por US$ 7,5 bilhões) e a Activision Blizzard (um salgado de US$ 75,4 bilhões), o serviço só ficou mais recheado, com mundos como Elder Scrolls, Fallout, DOOM, Diablo e até Call of Duty chegando direto pro controle dos assinantes.

Líderes como Phil Spencer sempre bateram na tecla de que é um modelo sustentável e lucrativo. E agora, a presidente do Xbox, Sarah Bond, reforçou isso numa entrevista recente no Tokyo Game Show 2025 para o site japonês Game Watch: no último ano fiscal, as vendas bateram um recorde de US$ 5 bilhões. Ela até elogiou o ciclo virtuoso: quanto mais estúdios aderem, mais pagam pros criadores, e todo mundo sai ganhando.

Parece um conto de fadas, né? Mas aí, dias depois dessa declaração (e, vamos ser francos, ela como presidente sabia o que vinha por aí), a Microsoft solta a notícia do aumento. Não é só o Ultimate que sobe – os outros tiers também levam uma mordida. Fãs piram nas redes: “Se tá bombando, pra quê mexer no vespeiro?”. É uma dúvida justa, e o timing da entrevista só alimenta a fogueira.

Por que aumentar se o caixa tá cheio?

Olha, se a gente aceitar as palavras da Bond como ouro (e por que não? São números oficiais), o Game Pass é sim rentável – mas talvez não no nível que a Microsoft sonhava. Aquelas compras bilionárias foram feitas justamente pra turbinar o serviço, enchendo o catálogo com blockbusters que deviam atrair hordas de assinantes. Analistas como Michael Pachter, por exemplo, previam um crescimento explosivo. Só que a realidade bateu diferente: apesar dos hits, o número de usuários não decolou como esperado. Em vez de multiplicar inscritos, a estratégia agora parece ser espremer mais suco do limão que já tem – ou seja, cobrar mais dos fiéis que já estão na jogada.

Pensa no quadro maior: a Microsoft investiu uma fortuna pra competir com PlayStation e Nintendo, transformando o Game Pass num “Netflix dos games”. Mas manter essa oferta generosa custa caro – royalties pros estúdios, servidores pra streaming, marketing pra atrair mais gente. Com US$ 5 bilhões no bolso do ano passado, é lucro, sim, mas talvez magro pros padrões de uma empresa que quer dominar o mercado. Aumentar o preço é uma forma de equilibrar as contas sem cortar o que torna o serviço irresistível: o valor imenso pro jogador.

A reação dos fãs e o que pode rolar daqui pra frente

#GamePassCancelado

Somos fãs de Xbox, crescemos junto com a marca e tivemos muitas alegrias com o Game Pass. Mas agora basta! Não podemos aceitar descaso, preço abusivo e promessas vazias.

Fã não é otário. O respeito acabou, a paciência também. É hora de cancelar!. pic.twitter.com/QYpBJz0EwH

— Silva𓂀⃤ (@MarcioFreire_13) October 1, 2025

O anúncio nem esfriou e o site de cancelamento de assinaturas já travou de tanto tráfego – sinal de que muita gente tá repensando a fidelidade. É compreensível: num mundo onde o custo de vida já aperta, pagar quase o dobro por algo que era “barato” dói. Mas será que isso vai espantar os assinantes em massa? Ou a galera vai engolir seco, seduzida pelo encanto de jogar grandes títulos sem comprar separado?

Fonte: Hardware.com.br

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