
Wegovy em comprimido? Ensaio clínico sugere que semaglutida oral pode ajudar na perda de peso
Publicado em 22 de setembro de 2025 às 08:00
2 min de leituraUm comprimido diário que promete o mesmo efeito das famosas injeções para emagrecer pode mudar de vez o mercado global da obesidade. A Novo Nordisk, gigante farmacêutica dinamarquesa responsável pelo Ozempic e pelo Wegovy, divulgou resultados de um estudo com a semaglutida oral de 25 mg, publicada no New England Journal of Medicine. A promessa é perder tanto peso quanto com a aplicação semanal, sem a necessidade da agulha.
Tanto o Ozempic quanto o Wegovy tem com princípio ativo a semaglutida, mas eles têm dosagens e indicações diferentes. O Ozempic, apesar de ajudar na perda de peso, é aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2. Já o Wegovy foi desenvolvido diretamente para combater a obesidade.
O novo estudo da Novo Nordisk, batizado de OASIS 4, acompanhou 307 adultos com obesidade ou sobrepeso durante 64 semanas. Os participantes que tomaram o comprimido diariamente perderam, em média, 16,6% do peso corporal quando seguiram corretamente o tratamento, número comparável ao obtido com a versão injetável.
Mesmo entre aqueles que não foram totalmente fiéis às instruções, a redução ficou em 13,6%, contra apenas 2,2% no grupo placebo. Um terço chegou a eliminar 20% ou mais do peso.
O estudo também mostrou benefícios cardiovasculares e metabólicos. Participantes relataram maior facilidade em atividades do cotidiano, como caminhar, levantar-se ou dobrar-se, e houve melhora em fatores de risco como colesterol e glicemia.
A pesquisa foi conduzida e financiada pela própria Novo Nordisk – um ponto de atenção para possíveis conflitos de interesse em relação aos resultados do teste.
Vale ressaltar que o número de participantes (307) pode ser considerado baixo para um teste de fase 3 como o OASIS 4. Na jornada de aprovação de um novo medicamento, essa fase costuma contar com milhares de voluntários.
O anúncio do OASIS-4 fez as ações da Novo Nordisk dispararem mais de 5% na bolsa americana. Estimativas indicam que o mercado global de medicamentos contra obesidade pode movimentar até 150 bilhões de dólares na próxima década.
A Eli Lilly, principal concorrente da Novo, também se posiciona na disputa pelo segmento. Em agosto, a empresa anunciou resultados preliminares de seu comprimido experimental, o orforglipron, que em testes com quase 1.700 adultos mostrou reduções de peso e de glicemia comparáveis ou superiores às da semaglutida. O objetivo é disputar a dianteira de um setor onde a demanda é maior do que a capacidade de produção das injeções já disponíveis.
Outro atrativo do comprimido é logístico: diferente das injeções, que exigem cadeia de frio, a versão oral poderia chegar a países onde a falta de refrigeração é um obstáculo.
Fonte: Superinteressante
Leia também
- Por que o museu do Louvre tem esse nome?

A resposta certa, ninguém sabe. O nome é antigo, misterioso e as teorias sobre ele são debatidas. Nenhum documento oficial explica a origem com certeza, e o que temos são hipóteses que misturam latim, francês medieval e até línguas germânicas.
💬 0 - Por que é tão fácil roubar o Louvre e para onde vão as peças roubadas?

Na manhã do último domingo (19), apenas meia hora depois da abertura do museu mais visitado do mundo, quatro figuras vestidas com coletes amarelos apareceram no pátio de paralelepípedos do Louvre, misturando-se à agitação matinal de turistas e equipes de manutenção. Poucos minutos depois, dois desses homens escalaram…
💬 0 - Estudo da Nasa sobre bactéria que vive de arsênio é “despublicado” após 15 anos

Em 2010, um grupo de cientistas – incluindo alguns da Nasa – publicou um artigo na prestigiada revista Science que trazia uma conclusão impressionante. Os pesquisadores afirmavam ter identificado uma bactéria que conseguia viver em meio ao arsênio, uma substância altamente tóxica. Mas não só isso: este ser unicelular…
💬 0