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A matemática por trás da bola da Copa do Mundo 2026
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A matemática por trás da bola da Copa do Mundo 2026

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 16:00

2 min de leitura

Na última quinta-feira (2), a Adidas revelou ao mundo a cara da Trionda, nova bola de futebol que irá rolar nos estádios da Copa do Mundo de 2026. O nome, assim como o design, homenageia os três países que irão sediar o evento – um feito inédito na história da Copa.

A bola incorpora elementos das bandeiras de cada nação. O Canadá é representado pelo vermelho e a folha de bordo; o México está simbolizado no verde e a águia; e os Estados Unidos aparecem com o azul e a estrela. A superfície também possui esses três ícones em alto relevo, além de linhas onduladas que remetem ao nome da bola e aos “olas” típicos dos estádios.

Uma das principais inovações da Trionda é o chip acoplado internamente à bola, que irá mandar informações em tempo real ao VAR. A tecnologia agiliza as decisões de arbitragem e fornece dados de desempenho na partida. O sensor já estava presente na Al Rihla, que rolou no Catar em 2022. A diferença é que ele foi transferido do centro para a parede interna da bola, prometendo maior precisão.

Essa não é a única novidade. A bola da Copa do Mundo de 2026 é a primeira a ser formada por apenas quatro recortes de tecido soldados entre si. É bem menos que a Al Rihla, que tinha 20 formas costuradas. A Trionda se provou um desafio de engenharia – e uma baita curiosidade matemática.

Todas as bolas de futebol da FIFA são parcialmente inspiradas em sólidos platônicos. Para ganhar a benção de Platão, o sólido deve cumprir três requisitos: ser convexo (não ter nenhum canto voltado “para dentro”); ter todas as faces com a mesma quantidade de arestas; e todos os vértices serem extremidades de uma mesma quantidade de arestas.

Apenas cinco poliedros cumprem esses requisitos: ​​​​tetraedro, hexaedro (mais conhecido como cubo), octaedro, dodecaedro e icosaedro.

Wikimedia Commons/Reprodução A bola de futebol branca e preta clássica, protagonista da Copa de 1970, é um icosaedro truncado. Seus vértices são achatados para torná-lo mais esférico. Dessa forma, ele passa a ser um sólido arquimediano, composto por hexágonos e pentágonos. Veja abaixo.

Wikimedia Commons/Reprodução A Trionda é inspirada no sólido platônico mais simples: o tetraedro. Ele é composto por quatro triângulos, como uma pirâmide de base triangular. O tetraedro parece o poliedro menos rolável em um campo de futebol – e é mesmo. O truque foi deformar os lados dos triângulos, transformando-os em curvas.

Pegamos emprestado este post do Instagram da Scientific American para uma melhor visualização:

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Fonte: Superinteressante

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