
A pressão 12 por 8 não é mais “o normal”. Qual é o padrão agora?
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 14:02
2 min de leituraEm agosto de 2024, o Congresso Europeu de Cardiologia, que aconteceu no Reino Unido, trouxe uma bomba: a pressão 12 por 8 já não é mais considerada normal. Segundo os pesquisadores, essa pressão agora se enquadraria como elevada, podendo indicar um quadro de hipertensão no paciente.
Os médicos brasileiros acompanharam a tendência: em setembro de 2025, foi lançada a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, um documento elaborado em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Segundo a nova diretriz, a aferição 12 por 8 não é mais considerada normal, e sim indicadora de pré-hipertensão. De acordo com os autores, a intenção da mudança é “identificar precocemente indivíduos em risco e incentivar intervenções mais proativas e não medicamentosas no intuito de prevenir a progressão do quadro de hipertensão dos pacientes”.
No congresso europeu, o novo normal foi estabelecido em 12 por 7. Na diretriz brasileira, a pressão normal é aquela inferior a 12 por 8.
Apesar de parecer novidade, o assunto já vem sendo discutido há alguns anos. Em 2018, o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração já haviam mudado suas diretrizes sobre a definição de hipertensão, apontando que o novo normal era a pressão “menor que 12 por 8”. Assim como agora, a justificativa era favorecer o diagnóstico precoce e diminuir os riscos.
E, de fato, a nova definição mudava bastante as estatísticas: antes das novas diretrizes, 32% da população estadunidense tinha hipertensão. Agora, são 46%.
O que é a pressão arterial?
A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto circula pelo corpo. Como o sangue é quem leva oxigênio e nutrientes para os órgãos, essa força tem um papel muito importante no organismo. Se a pressão estiver muito alta (hipertensão), pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de problemas como infarto ou AVC. Se estiver muito baixa (hipotensão), o sangue pode não chegar direito aos órgãos, causando tontura ou desmaios.
A unidade usada para medir a pressão é o mmHg, que significa “milímetros de mercúrio”. Essa medida vem de instrumentos antigos, que mediam a pressão usando uma coluna de mercúrio. Então, quando dizemos que a pessoa tem pressão 14 por 9, por exemplo, estamos dizendo que ela tem 140/90 mmHg.
Os dois números representam, respectivamente, a pressão sistólica e a pressão diastólica. A sistólica é a pressão exercida quando o coração se contrai e bombeia sangue para o corpo. A diastólica é a pressão quando o coração está relaxado entre as batidas.
Voltando ao nosso exemplo: quando observamos que alguém está com 140/90 mmHg, estamos dizendo que a pressão do sangue dessa pessoa é suficiente para empurrar uma coluna de mercúrio com 140 mm de altura na fase de batimento e 90 mm na fase de relaxamento.
Fonte: Superinteressante
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Nilakshi Veerabathina é professora de física na University of Texas at Arlington. Este texto foi republicado do site The Conversation. Leia o artigo original.
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