
Da falta de dinheiro à revolução dos games: os primeiros passos da Valve
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 11:20
2 min de leituraHoje a Valve é sinônimo de Steam, milhões de jogadores e uma das maiores fortunas pessoais da indústria de tecnologia, mas seu começo está longe dessa imagem de gigante. Nos bastidores de sua criação, há histórias quase inacreditáveis — como desenvolvedores recrutados que, até pouco antes, entregavam pizza para sobreviver.
Um estúdio improvável nasce em Seattle
Nos anos 90, Mike Harrington e Gabe Newell, dois engenheiros formados na efervescente Microsoft, decidiram arriscar tudo na criação de um estúdio de jogos independentes. O sonho era ousado: entrar em uma indústria dominada por nomes como id Software e Sierra.
Gabe Nowell Mike Harrington A faísca inicial veio por meio de Mike Abrash, então programador da própria id, que abriu as portas para que os fundadores licenciariam o motor gráfico da casa. Isso evitou que a Valve tivesse que construir uma engine do zero — algo comum na época — e deu fôlego para o projeto que se tornaria Half-Life.
Quando dinheiro e coragem não bastavam
Monica Harrington, que trabalhava no marketing da divisão de games da Microsoft e era casada com Mike Harrington, contou em 2024, em um relato no Medium, que os recursos eram limitados. A Valve começava com um investimento inicial de US$ 1 milhão, cifra considerável, mas incapaz de sustentar contratações rápidas conforme o time crescia.
Ela lembra de reuniões tensas em sua própria casa, quando Gabe e Mike ponderavam contratar novos talentos mesmo que isso significasse colocar do próprio bolso para pagar os salários.
De advogados a entregadores de pizza
Uma das marcas da Valve desde o início foi encontrar talentos improváveis. Yahn Bernier, por exemplo, era advogado e só depois revelou que também programava. Em outro episódio, Gabe Newell conseguiu rastrear online dois jovens desenvolvedores de mods, que trabalhavam em pizzarias para pagar as contas. Quando receberam a ligação de Newell, acharam que era uma pegadinha.
Esse olhar fora do padrão permitiu à Valve montar uma equipe criativa que pensava diferente e não tinha medo de arriscar.
A chance com Sierra e um marco na história
Mesmo com dificuldades financeiras, o estúdio conseguiu um acordo de publicação com a Sierra Entertainment, um dos principais selos de PC da época. Ken Williams, cofundador da Sierra, aprovou pessoalmente o projeto.
Em 1998, Half-Life finalmente chegou ao mercado. A recepção foi histórica: notas altíssimas, reconhecimento como jogo do ano e comparações de impacto semelhantes ao que Doom havia feito anos antes.
A partir daí, a trajetória é conhecida: um estúdio que começou chamando programadores no telefone — e muitas vezes não sendo levado a sério — transformou-se na empresa que redefiniu não só os games, mas também a forma de distribuí-los digitalmente.
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Fonte: Hardware.com.br
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