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Mulher toca clarinete durante cirurgia cerebral no Reino Unido; entenda o porquê
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Mulher toca clarinete durante cirurgia cerebral no Reino Unido; entenda o porquê

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 16:00

2 min de leitura

Uma mulher britânica tocou clarinete enquanto passava por uma cirurgia no cérebro para tratar sintomas da doença de Parkinson. O show inusitado teve um objetivo prático: permitiu que os médicos acompanhassem, em tempo real, os efeitos do procedimento.

Denise Bacon, de 65 anos, foi diagnosticada com a doença neurodegenerativa em 2014. Ao longo dos anos, o Parkinson passou a afetar seus movimentos e sua capacidade de andar, dançar e de tocar clarinete.

A paciente passou por uma cirurgia de quatro horas no King’s College Hospital, em Londres, para tentar reduzir os sintomas. O procedimento se chama “estimulação cerebral profunda” (DBS) e consiste em implantar eletrodos no cérebro de uma pessoa, e depois usar um aparelho semelhante a um marca-passo para enviar impulsos elétricos que modificam a atividade cerebral.

Os mecanismos por trás da eficácia da estimulação não são totalmente compreendidos, mas a técnica tem sido usada para tratar Parkinson, epilepsia e distonias, e vem sendo estudada também em quadros de dor crônica, depressão, Alzheimer e outros.

A estimulação geralmente é feita com o paciente acordado e, de preferência, realizando alguma atividade. Assim, a equipe consegue acompanhar, em tempo real, os efeitos do tratamento, além de garantir que nenhum efeito colateral indesejado apareça. Os médicos aplicam anestesia local para adormecer o couro cabeludo e o crânio (o cérebro em si não tem receptores de dor).

Bacon, que parou de tocar clarinete há cinco anos por causa do Parkinson, relatou uma melhora imediata. “Lembro que minha mão direita passou a se mover com muito mais facilidade depois que o estímulo foi aplicado, e isso, por sua vez, melhorou minha capacidade de tocar clarinete, o que me deixou muito feliz”, contou ela. “Já estou sentindo melhorias na minha capacidade de andar e estou ansiosa para voltar à piscina e à pista de dança para ver se minhas habilidades melhoraram.”

O gerador de impulsos elétricos foi instalado no peito da paciente e consiste numa bateria recarregável que pode durar até 20 anos.

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Fonte: Superinteressante

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