
O que é um supertufão? Saiba como ele se forma e por que é tão perigoso
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 19:00
2 min de leituraDesde o início desta semana, o supertufão Ragasa tem atingido com força o Sudeste Asiático, deixando um rastro de destruição em países como Filipinas, Taiwan, Hong Kong e no sul da China.
A tempestade, considerada a mais poderosa do mundo em 2025, provocou dezenas de mortes, deixou centenas de feridos e deslocou quase 2 milhões de pessoas na província chinesa de Guangdong.
Ventos que chegaram a 265 km/h arrancaram árvores, inundaram cidades inteiras, cancelaram milhares de voos e paralisaram escolas e empresas. O transporte marítimo também foi severamente afetado, com portos fechados e embarcações danificadas, o que deve bagunçar cadeias de suprimento em uma das regiões mais industriais da Ásia.
Após tocar o solo chinês, o Ragasa perdeu intensidade, mas agora segue em direção ao Vietnã e ao Laos, ainda como ameaça de chuvas fortes e inundações.
Especialistas lembram que tufões dessa magnitude costumam ter efeitos prolongados, mesmo após perderem força: enchentes podem persistir por dias, a propagação de doenças se acelera em áreas alagadas, e a reconstrução pode levar anos.
O que é um supertufão?
Tufões, furacões e ciclones tropicais são, essencialmente, o mesmo fenômeno: sistemas de baixa pressão que se formam sobre oceanos quentes e transformam a energia térmica da água em ventos extremamente fortes e chuvas intensas.
A diferença nos nomes depende da região: “tufão” é usado no noroeste do Pacífico, atingindo o Sudeste Asiático; “furacão” é empregado no Atlântico e no Pacífico Leste; e “ciclone tropical” em partes do Oceano Índico e sudoeste do Pacífico.
A classificação de um tufão como “super” não é unificada e varia conforme a agência meteorológica. Nos Estados Unidos, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) define supertufão quando os ventos sustentados chegam a 241 km/h.
Já a Agência Meteorológica do Japão considera a partir de 194 km/h, e o Observatório de Hong Kong, de 185 km/h. No caso do Ragasa, os ventos sustentados ultrapassaram 215 km/h, com rajadas próximas de 300 km/h, atendendo à maioria dos critérios.
Além da velocidade dos ventos, a classificação também leva em conta a persistência da tempestade e a extensão da área atingida. Em um supertufão, não é apenas a intensidade pontual que preocupa, mas a capacidade de devastar grandes territórios em pouco tempo.
Fonte: Superinteressante
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