
OpenAI tenta eliminar viés político do ChatGPT com GPT-5 — mas será possível?
Publicado em 12 de outubro de 2025 às 11:19
1 min de leituraPor anos, a inteligência artificial tem sido acusada de falta de imparcialidade, especialmente em temas políticos. O ChatGPT virou alvo constante de críticas nos Estados Unidos, onde setores conservadores alegam que o chatbot oferece respostas “progressistas demais”.
Cansada das polêmicas, a OpenAI decidiu investigar a fundo. A empresa realizou testes internos com o GPT-5, sua versão mais recente, para medir objetivamente o nível de neutralidade do modelo.
O experimento: como medir imparcialidade em IA
O teste comparou GPT-5 com versões anteriores (GPT-4o e o3) usando centenas de perguntas sobre temas polêmicos: aborto, imigração, direitos civis. Cada questão foi formulada com cinco graus diferentes de carga ideológica — do “liberal” ao “conservador”, passando pela versão neutra.
Um modelo linguístico adicional analisou as respostas, identificando sinais sutis de parcialidade. Os critérios incluem:
• Uso de aspas para distanciamento ideológico
• Tom emocional que favorece determinada perspectiva
• Tendência de evitar respostas diretas
Trata-se de uma análise linguística profunda, que examina como a IA constrói sua “voz” e expressa posicionamentos.
Os resultados: avanço com ressalvas
Segundo a OpenAI, o GPT-5 reduziu em 30% os casos de viés identificados. O modelo mantém maior distância emocional em comparação aos anteriores.
Porém, um padrão curioso persiste: perguntas formuladas de forma “fortemente liberal” ainda influenciam sutilmente o tom das respostas. A neutralidade absoluta continua sendo um horizonte distante.
Quem define o que é “objetivo”?
A questão transcende a engenharia. Quando um algoritmo responde sobre moral e política para milhões de pessoas, até onde ele deve refletir valores coletivos? E principalmente: quem estabelece os critérios de objetividade?
Nos Estados Unidos, isso já virou política oficial. A administração Trump emitiu ordem executiva proibindo agências federais de adquirirem modelos “woke” — sistemas que incorporam conceitos como racismo sistêmico ou teoria de gênero.
Fonte: Hardware.com.br
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