
Ex-pesquisadores da OpenAI, Google e Meta lançam a Periodic Labs para transformar a ciência com IA
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 09:30
3 min de leituraUm grupo de renomados cientistas que anteriormente integravam as equipes de IA de gigantes da tecnologia uniu forças para fundar a Periodic Labs, startup anunciada em 30 de setembro com a ambiciosa missão de revolucionar o processo de descoberta científica através da inteligência artificial. A nova empresa reúne mais de 20 pesquisadores que deixaram seus cargos em companhias como OpenAI, Google e Meta para explorar uma abordagem inovadora que combina IA com experimentos científicos práticos.
Os nomes envolvidos na Periodic Labs
Entre os fundadores da Periodic Labs estão nomes de peso do setor, como Liam Fedus, ex-vice-presidente de pesquisa da OpenAI e um dos cocriadores do ChatGPT, além de Rishabh Agarwal e Ekin Dogus Cubuk, que anteriormente trabalhavam no Google DeepMind. A startup já nasce com um impressionante capital inicial de US$ 300 milhões, investimento realizado pela firma de venture capital a16z (Andreessen Horowitz).
A Periodic Labs propõe um conceito diferenciado no campo da inteligência artificial aplicada à ciência: a criação de “cientistas de IA” e laboratórios autônomos. Segundo a empresa, o objetivo não é apenas desenvolver sistemas que compreendam literatura científica, mas máquinas capazes de formular hipóteses, planejar experimentos e interpretar resultados — similar ao processo que cientistas humanos seguem.
“Laboratórios autônomos são essenciais para nossa estratégia. Eles fornecem enormes quantidades de dados de alta qualidade que não existem em nenhum outro lugar. Geram resultados negativos valiosos, que raramente são publicados. Mas, o mais importante, dão aos nossos cientistas de IA as ferramentas para agir”, explica a Periodic Labs em seu site.
Para a equipe da startup, existe uma limitação fundamental nos atuais modelos de linguagem de grande porte (LLMs): mesmo treinados com milhões de artigos acadêmicos e livros didáticos, eles não conseguem replicar o verdadeiro processo de descoberta científica. A solução proposta pela Periodic Labs é permitir que as IAs aprendam diretamente com experimentos reais, observando e participando do método científico na prática.
Do conceito à aplicação prática
Atualmente, a Periodic Labs opera em um laboratório inicial em São Francisco, mas já planeja a construção de um centro de pesquisa mais amplo em Menlo Park, na Califórnia. Neste novo espaço, robôs conduzirão experimentos científicos sob orientação humana, em um primeiro momento.
O processo de implementação será gradual. Os pesquisadores humanos começarão conduzindo os experimentos, enquanto os sistemas de IA observam e aprendem tanto os procedimentos quanto a interpretação dos resultados. Conforme as IAs ganhem compreensão, assumirão progressivamente o controle dos experimentos, caminhando para a autonomia.
Um exemplo prático mencionado pela empresa é a possibilidade de criar robôs capazes de desenvolver novos tipos de supercondutores. Neste cenário, o sistema utilizaria conhecimentos da literatura científica para planejar experimentos, enquanto cientistas humanos supervisariam e orientariam o processo, como em tarefas de misturar substâncias ou testar materiais.
“Não faremos a descoberta na primeira tentativa, mas iremos iterar. Depois de muitas iterações, esperamos chegar lá mais rápido”, explicou Ekin Dogus Cubuk em entrevista ao The New York Times, destacando a abordagem de aprendizado por tentativa e erro que permitirá aos sistemas identificar padrões e acelerar experimentos similares.
O método proposto pela Periodic Labs representa uma mudança significativa na forma como a IA poderia impactar a ciência. Em vez de apenas analisar dados já existentes, estes sistemas poderiam ativamente gerar novo conhecimento, potencialmente acelerando descobertas em áreas como materiais avançados, medicamentos e energia renovável.
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