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Planeta anão Ceres foi um mundo oceânico – e que pode ter sido habitado
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Planeta anão Ceres foi um mundo oceânico – e que pode ter sido habitado

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 10:00

2 min de leitura

Fonte: Superinteressante

Josep M. Trigo Rodríguez é Pesquisador Principal do Grupo de Meteoritos, Corpos Menores e Ciências Planetárias, Instituto de Ciências Espaciais (ICE – CSIC). O texto a seguir é do site The Conversation.

Ele é o maior asteroide do Sistema Solar, e o maior corpo do cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro próximo ao limite do que definimos como planeta, mas ainda assim é um planeta anão, como Plutão.

A missão Dawn, da Nasa, orbitou Ceres há uma década, mapeando-o em detalhes. Neste período, obteve informações sobre sua gravidade e topografia, e concluiu-se que ele é diferenciado internamente, com camadas com composições distintas em diferentes profundidades.

Agora, um novo estudo com os dados obtidos pela sonda Dawn, publicado na revista científica Science Advances e liderado por Samuel W. Courville, da Universidade do Estado do Arizona (EUA) e do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), revela que Ceres já teve um oceano, com implicações importantes na astrobiologia.

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Habitável para vida microbiana

O novo estudo aponta que Ceres já abrigou um oceano global abaixo da superfície em sua história inicial. Nesse ambiente, ocorreu a interação entre rochas e água, gerando os minerais detectados pela missão Dawn.

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Considerando a mineralogia superficial de Ceres, combinada com sua alta abundância de carbono, o planeta anão pode ter sido habitável para a vida microbiana.

Diante disso, Ceres pode ter sido povoado por organismos semelhantes aos descobertos nas profundezas da crosta terrestre e em chaminés hidrotermais submarinas. Eles são chamados de quimiotróficos porque são capazes de usar compostos inorgânicos reduzidos, que surgem do interior de um corpo planetário, como substratos para obter energia e utilizá-la no metabolismo respiratório.

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Nas origens de Ceres

O novo trabalho apresenta um modelo detalhado da evolução química e térmica no ambiente aquático interno de Ceres em suas origens. Os autores chegam à conclusão de que, se o interior rochoso atingiu uma temperatura superior a cerca de 277° C, os fluidos liberados pelas transformações da rocha em profundidade teriam promovido condições favoráveis à habitabilidade de Ceres.

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