
Por que tantos países chamam o abacaxi de ananás?
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 12:00
1 min de leituraNaná era o nome em tupi dado à fruta, que é nativa da América do Sul e cultivada pelos povos indígenas há pelo menos 3 mil anos. Quando os europeus chegaram aqui, gostaram da tal naná e espalharam a fruta (e o nome) pelo mundo.
“O jeito mais comum de uma palavra passar de um idioma para outro, é quando uma coisa é levada da cultura A para a cultura B”, explica Caetano Galindo, professor de linguística da Universidade Federal do Paraná.
Hoje, dezenas de idiomas de raízes distintas usam variações dessa palavra para se referirem ao alimento: italiano, árabe, hindi, grego, russo… Mas não o português brasileiro. “Abacaxi” é um patinho feio num mundo de ananás.
A hipótese mais aceita é que a palavra seja uma junção do tupi yvá (“fruta”) e katĩ (“que exala cheiro”). Mas não dá para bater o martelo: um estudo de 2020 mostrou que “abacaxi” designava um povo indígena, um rio e uma missão jesuítica pelo menos um século antes de virar o nome da fruta.
Outro ponto fora da curva é o inglês pineapple, junção de pine (“pinho”) e apple (“maçã”). A palavra era usada para o fruto do pinheiro – até que, em 1624, o explorador inglês John Smith passou a usá-la para a fruta encontrada na América.
Referência: artigo “Reavaliando a etimologia de abacaxi a partir de novos dados histórico-filológicos”.
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Fonte: Superinteressante
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